São Joaquim com crianças

Neve no Brasil? Tem sim! São Joaquim é conhecida como a capital nacional da maçã e também pelos dias gelados no inverno. Quem quer ver neve sem sair do país deve apostar em uma visita à pequena cidade na serra catarinense que oferece muito mais do que cenários de aventura congelante. Mas e no verão Passeadeiras, tem o que fazer por lá?

Ô se tem…aperte os cintos então que vamos te contar tudo o que nós visitamos em 2 dias de passeio, afinal, foi justamente por lá que começamos nossas férias de verão de 2016.

São Joaquim

Com a tralha toda pronta (viagem com crianças, lembra?), carro carregado, crianças instaladas, lanchinhos e guloseimas a postos, nós saímos de Porto Alegre de manhã cedo. Paramos em Torres para almoçar e depois do cafezin seguimos até Criciúma, já em Santa Catarina. Mas aqui, um parêntese.

Procurando no Google Maps a gente encontra 4 maneiras de chegar a São Joaquim. A primeira é via Gramado e Cambará do Sul, na Serra Gaúcha e passando por São José dos Ausentes. A segunda é via Vacaria e Lages, viagem linda que passa pelos campos de cima da serra. Dá para ir também pela Rota do Sol, indo pela BR-116 até o litoral norte e subindo a serra, via RS-486 e RS-020. A quarta, que foi a que escolhemos, é via Criciúma e Lauro Müller, por onde a gente sobe a famosa Serra do Rio do Rastro… que era justamente um dos motivos para irmos até lá! 😉 Mas nem tudo foram flores, baby…

Serra do Rio do Rastro, a SC-390 via Google Maps

Serra do Rio do Rastro, a SC-390 via Google Maps

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É claro que tinha que ter  um perrengue! Afinal, sem perrengue não tem histórias pra contar depois né? Enfim, seguindo direitinho o Waze (!) a gente pegou a estrada mais curta até a subida da Serra do Rio do Rastro e… acabamos dentro de uma mina de carvão depois de percorrer alguns quilômetros em uma estrada de chão horrorosa, pra desespero do marido. 

Estrada de chão pelo caminho (errado)

Estrada de chão pelo caminho (errado)

Eu nem achei a estrada tão ruim assim. Era melhor que as estradas dos cânions, em Cambará do Sul. Mas o marido estava tão estressado que eu nem fotografei a tal mina… Pedimos informação por lá e o rapaz ainda nos disse que era normal “alguns perdidos passarem por ali, por conta do GPS”! #ficaadica

Enfim, seguimos as orientações do gajo e chegamos, finalmente, ao pé da serra, tendo aquele mundo de montanha, com nuvens encalhadas e uma estradinha na encosta que dá frio na barriga só de olhar. Coisa mais boa! Nossa ideia era ter as duas experiências, a de subir e a de descer a serra, por isso fomos por ali, capice?

Vou deixar as fotos falarem por mim… apesar que não traduzem um centésimo da beleza e imensidão do lugar. Sim, é assustadora, mas a estrada é bem segura e tem vários paradouros pelo caminho, além de restaurantes e pousadas. Perfeito para aquele xixi e um lanchinho, depois de horas perdidos entre as minas de carvão! 😓

São Joaquim

A Pousada Bugio da Serra fica no caminho

A SC-390 vista de uma de suas tantas curvas

A SC-390 vista de uma de suas tantas curvas

Subindo a Serra do Rio do Rastro

Cascata na Serra do Rio do Rastro

Vimos macacos e dois tucanos na subida, cachoeiras, borboletas azuis e… muitos caminhões! Às vezes o trânsito parava para algum deles manobrar nas curvas mega-hiper-super fechadas do caminho. Tinha bastante movimento na estrada, para minha surpresa. As paradas eram a chance de olharmos aquele mundão todo ao nosso redor. As meninas que já estavam meio enjoadas depois de tantas horas no carro acabaram reanimando e curtiram a subida. Mas e chegando lá lá em cima, como é?

São Joaquim

Vista do Mirante

Chegando ao topo, um mirante com algumas lojinhas, cafés e um montão de quatis. O dia estava claro, sem neblina, então pude bater umas fotos bem bonitas. Pena que com o cansaço da viagem queríamos chegar logo a São Joaquim e acabei deixando para fotografar antes da descida… ts-ts-ts erro de principiante, Passeadeira! Nunca, never, jamais deixe para depois o que você pode fazer agora… especialmente em um lugar tão conhecido pela mudança climática abrupta. O resultado? esse aí… um atolamento de nuvens onde mal se enxergava alguns metros na frente, no dia em que descemos a serra. Afffe

São Joaquim

Nuvens encalhadas nas montanhas da serra

Enfim, chegamos a São Joaquim, pegamos as chaves do nosso Loft Ma-ra-vi-lho-s0, lindo, bem localizado, limpo e cheiroso, que eu havia reservado via Booking.com.

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Veja aqui nosso review do Loft São Joaquim

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Segundo o portal da Prefeitura, São Joaquim fica a 1 360 metros de altitude (a sede) e é a cidade mais alta de Santa Catarina (1450 na zona rural). É considerada a cidade mais fria do Brasil, com temperatura média anual de 13 °C. 

No verão tem a colheita da maçã, em abril a famosa Festa Nacional da Maçã (em 2016 será entre 20 e 24 de abril). Em maio começa o frio de rachar, que vai até outubro, quando as mínimas giram em torno de 3 e 8 graus e as máximas entre 11 e 16 graus. Em final de setembro a gente vê a florada das macieiras e das cerejeiras, árvore também comum por ali e que, junto com as vinícolas já seriam uma bela desculpa para visitar a cidade. 

Agora que você já sabe que dá pra ir o ano todo…

Afinal o que tem pra fazer com as crianças em São Joaquim?

São Joaquim

Belvedere dos Pinheiros

– Tem o Belvedere dos Pinheiros: vista impressionante mostrando a exuberância verde da região, ainda recheada de mata atlântica e araucárias – Na SC 114 antes da Vinícola Villa Francioni;

– Tem o Parque Nacional de São Joaquim para os mais aventureiros;

– Tem a Cascata do Pirata, na Fazenda Refúgio do Pirata – siga pela SC-438 cerca de 17 km do centro da cidade (um trecho de uns 5km de estrada de chão)

São Joaquim

Mirante do Restaurante da Cascata

– Cascata do Restaurante da Cascata (na verdade em Bom Jardim da Serra)

– Tem a Exponeve: feira permanente de artesanato e produtos da terra, instalada no pavilhão comercial do Parque Nacional da Maçã. Aberto diariamente para visitação e comercialização dos produtos, a partir das 09:00 horas;

– Tem o Snow Valley: trilhas, cascatas e pontes rústicas, com parquinho para as crianças em um parque criado por um americano que veio do Colorado na década de 60 e ali se instalou com a família. O site não tem muita informação, mas mostra os contatos para quem quiser saber mais. Na SC-114 a 10 km do centro.

São Joaquim

Os vinhedos da Villa Francioni

– Tem a Vinícola Villa Francioni: visitação guiada que inclui degustação. Ou simplesmente passeie pela propriedade para apreciar os lindos vinhedos que estão carregadinhos nos meses de verão.  A entrada é grátis e rende fotos divinas. O passeio guiado, é pago. 💎💎💎

– Tem nome da cidade no alto do morro. ☺

São Joaquim

Tirolesa sobre o rio a caminho de Bom Jardim da Serra

– Tem tirolesa e cascata, junto a um pequeno restaurante (que não tinha nome) e uma cascatinha, na estrada para Bom Jardim da Serra.

São Joaquim

Colheita de maçãs em São Joaquim

– Tem colheita de maçã, tipo Pegue e Pague, junto ao restaurante acima. Super recomendo esse passeio, as meninas amaram ver as macieiras carregadinhas de maçãs Gala, vermelhinhas, suculentas e muito cheirosas.


Leia aqui sobre nossa colheita de maçãs em São Joaquim


– Para quem quiser (e puder bancar), tem o Rio do Rastro Eco Resort, que na verdade fica em Bom Jardim da Serra.

– Outras atrações no site da prefeitura: http://turismo.saojoaquim.sc.gov.br/item/Atrativos/

Como contei antes, quando fomos embora estávamos atolados em nuvens, Não se enxergava um palmo diante do nariz e cheguei a pensar que seria impossível descer a serra daquele jeito. Fizemos um pit stop no paradouro da Serra do Rio do Rastro, tomamos um café e as meninas brincaram com o quatis, enquanto esperávamos o tempo melhorar. Será que teríamos que esperar horas e horas para descer?

São Joaquim

Quati e neblina no Mirante

Foi quando eu tive a luz de perguntar à atendente do café se demoraria muito para melhorar as condições do tempo, ao que ela respondeu que nunca se sabe, mas que podíamos descer sem receio porque certamente após algumas curvas teríamos até sol. Sério? Pois é, fomos conferir e não é que ela tinha razão?

A nossa anfitriã lá no Loft havia comentado que o melhor horário para descer a serra é de manhã, quanto mais cedo melhor. Disse que lá pelas 11 normalmente começa a nublar e que perto do meio-dia chove e começa a serração pesada. Adivinhem? Pois foi um pouco mais tarde que isso, nós chegamos ao Mirante por volta das 14:00…

Descemos satisfeitos com nossa visita e seguimos viagem para Termas do Gravatal, nossa segunda parada, onde ficamos hospedados no Apart-Hotel Intergravatal, junto com o vovô e a vovó. Mas isso é tema para o próximo post!

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Veja aqui nosso review do Apart-Hotel Intergravatal

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e-book 10 Joguinhos para Viajar


Obrigada pela visita e beijo das Passeadeiras!

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Sobre o Autor : Claudia Bins

15 comentários

  1. Simone Hara 29 de fevereiro de 2016, 15:48 comentar

    Adorei o post!! Super completo e detalhado!
    Adorei saber sobre a colheita de maças… Certeza que minhas filhas curtiriam muito essa atividade.
    Vai pra nossa listinha de preferidos e um dia vai virar roteiro!

    • Claudia Bins 29 de fevereiro de 2016, 16:08 comentar

      Vão adorar, com certeza Simone! Foi um passeio que nos surpreendeu, sabe, como destino no verão! A gente sempre pensou em São Joaquim para o inverno ;-).

      Bjs

  2. Liliane Arend 29 de fevereiro de 2016, 20:17 comentar

    Amei o post, saudadinha de casa. Ainda não fui a São Joaquim com meus filhos, mas qdo era solteira fui a muta festa da maçã, da uva, …. pela região, nossa quanta saudade!!!
    Beijocas
    Li

    • Claudia Bins 29 de fevereiro de 2016, 22:34 comentar

      Região linda, privilegiada de belezas naturais e pessoas muito queridas, a gente amou Liliane!

  3. Aline Figueiredo 29 de fevereiro de 2016, 22:08 comentar

    Foi uma delícia ler esse post! Imagino que tenha sido uma delícia de viagem também! Já doida pra conhecer com minhas malinhas também!

    • Claudia Bins 29 de fevereiro de 2016, 22:34 comentar

      Foi mesmo, uma delícia Aline, em todos os sentidos :-). bjs

  4. Nathalia Depolo 1 de março de 2016, 00:10 comentar

    Ai que delícia. Eu sou da turma que curte um friozinho e adoro descobrir lugares aconchegantes para viagens de feriado e finais de semana. <3

    • Claudia Bins 1 de março de 2016, 00:17 comentar

      Você ia adorar São Joaquim então Nathalia! 🙂 bjs

  5. Nini Ferrari 1 de março de 2016, 00:57 comentar

    Que lugar lindo!! Adoro a paisagem de montanhas!!

    • Claudia Bins 2 de março de 2016, 00:40 comentar

      Eu também Nini, minhas paisagens são as de locais montanhosos… bjs

  6. Julia Igreja 1 de março de 2016, 11:29 comentar

    Adorei! Gente, que vista incrível do Mirante! Amo fotografar montanhas e nuvens – uma combinação que não tem como ficar ruim.
    Que delicia a colheita de maçã, também quero hehehe
    Adorei o post!
    Beijos

    • Claudia Bins 2 de março de 2016, 00:39 comentar

      Você tem que ir lá Julia, a Serra do Rio do Rastro é mágica! bjs

  7. […] 33 – Dicas nossas aqui no blog As Passeadeiras: https://aspasseadeiras.com.br/sao-joaquim/ […]

  8. Patrícia de Souza 28 de janeiro de 2018, 17:35 comentar

    Grata, Cláudia, pelo seu post. Estamos indo na semana do Carnaval para São Joaquim e suas dicas serão muito bem aproveitadas.

    • Claudia Bins 28 de janeiro de 2018, 18:36 comentar

      Que bom saber disso Patrícia! Nós adoramos nossa visita à São Joaquim e temos as melhores lembranças de lá!
      Aproveitem muito!

      Abraço,

      Clau

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