Gosto e Pronto

Hoje nossa entrevista é com a Débora Segnini, do blog delicioso Gosto e Pronto, que conta pra gente um pouco de suas andanças por aí. Débora viaja desde sempre e passou por todas as fases de quem viaja em família. Viagens sozinha, com o marido, com seu filho pequeno e agora, com seu filho adolescente.  Um caminho que todos que temos filhos percorremos, não? Mas não é só isso, Débora mostra tanta comida linda e boa, que só de olhar as fotos no Instagram @debora_seg que a gente fica babando… Então, confesso que estava ansiosa por essa entrevista, que divido agora com vocês, com muita alegria, mas antes, todas as fotos deste post são de autoria da Débora, que autorizou seu uso aqui:

 

 

 

O Gosto e Pronto foi criado em agosto de 2012, quase um ano depois que resolvi começar a escrever.  Eu comecei com dois blogs no blogger, um sobre viagens e outro sobre vinhos que nunca foram ao ar….  Tenho alguns textos inéditos lá e eu divagava mais que tudo….  O blog surgiu da idéia de compartilhar com as pessoas minhas experiências pessoais, tanto é que muita gente fala da minha linha editorial e brinca com o nome do blog – Gosto e Pronto! Eu imprimo muito as minhas opiniões e os blogs anteriores tinham um caráter diferente.  O Gosto e Pronto veio para contar minhas histórias, meus sentimentos em relação às nossas experiências gastronômicas e de viagens.

 

 

 

Sim, meu filho adolesceu…..  Ainda essa semana falei disso numa Blogagem Coletiva que participei, onde contei sobre quando comecei a viajar com meu filho.  Ainda bebê, nós fazíamos viagens mais curtas, gostávamos de ir a hotéis de praia, outros no interior de São Paulo. Fazíamos um estilo “low profile”. Pensava em carregar a parafernália infantil – veja são 13 anos e naquela época nem todos os hotéis eram preparados para receber crianças como hoje, porque atualmente o apelo “kids friendly” é muito grande. Não estou dizendo que hoje é fácil viajar com crianças e que antes era ruim e impossível, apenas digo que hoje a grande maioria dos hotéis e destinos está preparado para receber crianças de todas as idades. Quando meu filho tinha um ano, conseguimos um berço lindo num hotel em Angra dos Reis, mas no clubinho não havia, assim, tantos brinquedos para uma crianças da idade dele e hoje em dia, acho que pensam mais nisso.

 

Mesmo assim, nós nunca deixamos de viajar.  Como disse, fazíamos viagens mais curtas e para mais perto.  A partir dos 2 anos, começamos a fazer viagens mais compridas e diferentes das anteriores e, com o tempo, acho que além de tudo se tornar mais fácil, nós mães acabamos evoluindo e desapegando de muitas coisas.  Um baldinho e uma pazinha na areia agradam muito mais que “frescurinhas” que muitas vezes procuramos.

 

Fiquei pensando como te responder sobre a diferença entre viajar com uma criança e com um menino crescido……  Com o passar do tempo, as coisas parecem ficar mais fáceis….  mas nem sei se é isso….. Eu viajava muito com meu marido antes do meu filho nascer e depois, continuamos viajando, só que de forma mais lenta e tranquila. Acho que quando chega um novo integrante na família, todo mundo precisa se acostumar com o ritmo, até quem ainda não conhece nada do mundo. E se habituar, um com o outro.  É uma forma de auto conhecimento também.

 

O que mais mudou, com certeza, na nossa família, foram os destinos buscados, porque eu nunca poderia pensar em ir para um destino em que não houvesse socorro médico, por exemplo….. (meu filho tem bronquite asmática).  Ficava pensando numa crise de asma e sem socorro – sabe essas coisas….? – Neurose talvez?…..

Então, hoje, estamos mais para aventureiros viajantes que viajantes low profile e uma coisa muito boa é que ele opina sobre os destinos, sobre os passeios e isso já faz tempo e está cada vez mais se aprimorando nos pitacos.

 

Acho que não tenho favoritismo por lá ou cá.  Viajar em família é sempre muita curtição.  Nós aproveitamos muito todas as viagens, tanto as que fazemos aqui no Brasil, quanto as que fizemos fora. A preferência é por lugares onde possamos estar juntos e aproveitar ao máximo sempre.

 

Puxa, agora você me pegou……  Não me recordo de nenhum lugar para dizer – não vá!!! Acho que todo destino, atualmente, tem como receber famílias, casais, pessoas sozinhas….  Eu ainda não fui a nenhum lugar que não recomendaria, porque aquilo que talvez seja dificuldade para mim, não é para outros.  

 

Eu tenho um caderninho onde vou anotando os destinos que gostaria de visitar.  Muitos deles, ainda nem pude me planejar.  Precisa de tempo e, muitas vezes, viajamos muito rápido.  Tão rápido, que quando nos acostumamos com o destino já está na hora de voltar. Mas, hoje em dia, o planejamento começa sempre com a discussão se o destino é bom para todos, daí partimos para quantidade de tempo que precisaríamos para visitar as atrações que podem agradar a todos (hoje, principalmente né 😉 ), daí levantamos os custos, procuro em blogs e guias indicações de hospedagem e de como se locomover e não costumo usar nenhum aplicativo.  Vou direto nos sites da internet para passagens aéreas, hospedagem e atrações. Somos viajantes independentes, mas se eu precisar de uma agência, eu não teria problema em usá-la ou consultá-la.

 

Primeiro de tudo? Conhecer com quem você viaja. Saber que crianças tem seus momentos, querem comer, dormem, ficam cansados mais facilmente que os adultos e que gostam e muito de rotina. É engraçado falar disso, mas li em vários textos recentemente, que as crianças gostam de voltar para casa.  O aconchego do lar e a segurança dessa rotina faz falta sim para elas. Então, a minha recomendação é de que você conheça os integrantes da sua família, principalmente as crianças, saiba de seus limites e das suas necessidades. Claro que imprevistos acontecem, mas partindo dessa premissa, dá para ir mais longe do que você pensa!!!!

 

Bom, você tocou num ponto chave para mim.  Quando meu filho era pequeno e podíamos viajar fora de temporada, isto é, fora do período de férias escolares e feriados, tudo era mais barato.  Agora, as viagens ficam sempre mais caras, porque só podemos viajar quando ele não tem aula e isso quer dizer, durante as férias e durante os feriados, período em que as passagens aéreas e as tarifas hotelerias estão nas alturas. Então, ponto um é viajar fora de temporada, enquanto dá para tirar os pequenos da escola.

Depois que esse período passa, quando temos que viajar durante as férias e feriados, a dica para economizar se chama programação.  Se nos programarmos com antecedência, podemos conseguir passagens aéreas com milhas acumuladas, boas tarifas em hotelaria e em tempos de dólar oscilante, garantir uma taxa de câmbio mais amiga. E aproveitar as dicas econômicas dos colegas que já visitaram os destinos.

Uma outra dica bacana, é sempre procurar nos destinos o que pode ser feito sem pagar, verificar os dias em que museus oferecem gratuidade, são medidas que podem e muito mudar o orçamento de uma viagem.

 

 

Se tem lugar que não conheço e quero conhecer????? Lógico!!!! E é uma lista imensa…….

Tem alguns lugares que estão no top 10 da lista e ainda não saíram como Grécia, Itália, Amsterdan, Alaska e pasme, o Chile que, embora seja aqui ao lado, eu ainda não consegui chegar, por inúmeros contratempos.

 

Claudia, quero agradecer e muito seu convite para participar d’As Passeadeiras. Desde o começo achei que era uma ideia que só poderia dar certo e você realizou.

Parabéns!!!!!