As Passeadeiras

São Martinho

São Martinho

Há anos somos frequentadores das Termas do Gravatal, em Santa Catarina. São vários os motivos que nos levam lá quase todos os anos (é perto, é gostoso e é barato… além de ser uma chance de curtirmos com o vovô e vovó). Mesmo assim, nunca tínhamos sequer ouvido falar em São Martinho, uma cidade pertinho de Gravatal, que vale uma visita pelos motivos que contarei aqui mas, para resumir: Cachoeiras e Café Colonial.

Termas do Gravatal

Foi durante nossa visita à São Joaquim, no último verão, que nossa anfitriã  do Loft São Joaquim nos recomendou uma visita à cidade de São Martinho, dizendo se tratar de passeio obrigatório para quem vai a Gravatal. Falou nas cachoeiras, na lojinha de móveis e decoração e, muito empolgada, contou do Fluss Haus, o Café Colonial mais famoso da região.

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Leia sobre nossa visita à São Joaquim aqui.

E aqui o review do Loft São Joaquim, para quem busca hospedagem na cidade.

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Em Gravatal, nós ficamos hospedados no Apart Hotel Termas Intergravatal e lá perguntamos sobre a cidade de São Martinho. Todos com quem falamos contavam entusiasmados das cachoeiras e do café colonial. Foi o que bastou para ficarmos com mais vontade ainda de conhecer.

Interior da Região de Gravatal

Entre a serra e o mar, Gravatal (e São Martinho) ficam localizados em um vale, sendo que no interior de São Martinho, podemos subir uma serra com paisagem lindíssima, com rios, mata exuberante, campos e montanhas.

Saindo de Gravatal, em direção à BR 116, São Martinho fica à esquerda, passando pela cidade chamada Armazém e seguindo em frente, cruzando fazendas e rios em uma paisagem bucólica e verdejante. Nossos planos incluíam uma visita à famosa loja de decoração Kleiner Schein antes de seguirmos para a cachoeira Salto da Capivara e o famoso Café Colonial Fluss Haus.

Loja Kleiner Schein

Quarto de menina (Foto: Kleiner Scheine)

A loja é uma graça! Mesmo com o show room desfalcado em função de uma feira de móveis e decoração em São Paulo o que vimos foi suficiente para nos encantarmos. Os móveis em estilo provençal e todas as peças de MDF, vidro, madeira e metal eram de encher os olhos. As meninas ficaram apaixonadas pelo quarto e eu amei a cozinha!

Chegando a São Martinho

Saímos encantados e seguimos viagem para uma rápida voltinha pelo centro de São Martinho, fundada em 1860. Passamos pela igreja e pela praça, vimos algumas casas em estilo enxaimel, o capricho dos canteiros típicos das cidades de colonização alemã. Não tivemos tempo para visitar com mais calma a cidade, mas para quem tem mais tempo, aproveite para ver o Museu do Colonizador, que conta a história da cidade e também a Kultur Haus (a Casa de Cultura).

Aqui uma pausa para contar uma curiosidade que li no blog O Porto Encanta, da Rita Branco e também na Wikipedia:

“Reza a lenda que São Martinho era um valoroso soldado romano que à caminho de sua terra natal em França, montado no seu cavalo, num dia tempestuoso, viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante. São Martinho não hesitou: parou o cavalo, estendeu a sua mão carinhosamente ao pobre e em seguida, com a espada, cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Contam os relatos escritos que, durante a noite, o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens, o ato de bondade praticado por ele, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção de um sol quente e miraculoso, ao qual se chama: Verão de São Martinho.”

Salto do Rio Capivara

Chegando a cachoeira Salto da Capivara

A estrutura do restaurante Salto do Rio Capivara

No interior do município são várias cachoeiras e trilhas, algumas com boa infra-estrutura e outras mais roots. Como estávamos com as crianças e os avós optamos por visitar o Salto do Rio Capivara, que conta com um grande restaurante ao lado de uma cachoeira com prainha, ponte pênsil e  boa infra-estrutura para os visitantes. Como fomos depois do almoço só paramos ali para curtir a paisagem e a cachoeira. Depois seguimos caminho até o Café Colonial Fluss Haus.

Salto do Rio CApivara

Ponte pênsil no Salto do Rio Capivara

Para quem quer visitar as outras cachoeiras, experimente o sítio Salto das Águas, no Alto São Martinho, conhecido por suas trilhas de bromélias, além de pousada e restaurante. O Salto de Cima é outra opção, essa mais roots e também o Recanto da Natureza, com pesque-e-pague, passeios a cavalo, restaurante e piscina.

Mas nosso destino era outro, então seguimos as placas indicativas, percorrendo estrada de chão, cruzando rios em pontes bem estreitas e subindo a serra. A paisagem de tirar o fôlego compensa o percurso, às vezes bem acidentado, mas que no geral estava bem bom até. Imagino porém que em época de chuvas a coisa pode ficar meio feia por ali…

Fluss Haus

Carpas

Ao todo foram cerca de 30 km desde Gravatal até o café colonial Fluss Haus (Casa do Rio). A propriedade é bem ampla e dividida entre uma grande casa, onde funciona o restaurante/café, uma casa menor bem na entrada da propriedade, onde funciona uma lojinha muito fofa com os produtos da casa. Biscoitos decorados, salames, potes de geleias, bonecas de pano e uma infinidade de chocolates e lembrancinhas que deixam a gente sem saber o que vai levar. Os preços são bem interessantes também.

Osterbaum

O riacho que deu nome a casa é utilizado para criação de carpas e fez a festa das crianças que podiam dar ração fornecida ali no local. As árvores enfeitadas com fitas e ovos coloridos, as “Osterbaum” ou árvores de páscoa. Tradição alemã, é montada sob um galho seco, que simboliza o sofrimento da morte de Jesus. Nos galhos são colocados cascas de ovos coloridas, que simbolizam a alegria da vida e a Ressurreição. O ovo é símbolo de renovação e de vida e as cores representam os povos e suas diferenças.

Fluss Haus

Café Colonial na Fluss Haus

Mas a cereja do bolo é mesmo o Café Colonial, com seus mais de 100 pratos típicos nos finais de semana e, durante a semana, são “apenas” 50… Nós visitamos numa terça-feira e comprovamos a qualidade das delícias dali. Todos os pratos que provei estavam excepcionais. Deliciosos, com aquele toque caprichado tipicamente alemão. Além do que, uma característica que me agrada muito. Os doces não são doces demais.  Quase surtei na Strudel de Coalhada… já as meninas amaram as tortas. Além dos doces e salgados do buffet, havia sucos, água, chá, café, leite e achocolatado a disposição. Tudo farto e delicioso.   Os auxiliares vestidos com trajes típicos ajudavam a incrementar o ar germânico. Agora junte tudo isso a menos de R$30,00 por adulto e pronto! Quase não saí de lá…

Garçom com trajes típicos

Chá, café e chocolate

Depois do banquete, de onde quase saímos rolando, fomos conhecer o resto da propriedade onde encontramos um caminho com ponte, lagos, gansos e cisnes além de araras em um pequeno cercado. Tudo bem arrumadinho em meio a uma paisagem linda.

Passeio mais que encantador e super recomendado para quem visita a região.  Não vejo a hora de voltarmos lá!

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Veja um exemplo aqui

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Kleiner Schein:

Endereço: Rua Albino Effting, 35 – São Martinho – SC
Telefone: (48) 3645-6101
Horário: Segunda à sexta: 9h às 18h | Sábado: 9h às 17h

Salto do Rio Capivara:

Endereço: Estrada geral Vargem do Cedro – São Martinho-SC
Website:
 http://saltodoriocapivara.com.br/

Fluss Haus

Endereço: Estrada geral Vargem do Cedro, alguns kilômetros depois do restaurate Salto do Rio Capivara
Website: http://www.flusshaus.com.br/
Horário: De segunda à sexta: das 8:00h às 18:00h. Sábados, domingos e feriados: das 09:00h às 19:00h.

Beijo das Passeadeiras!

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