As Passeadeiras

Férias em Paraty – A Viagem

Férias em Paraty

Nós planejamos as férias com bastante antecedência, quase sempre! Muito por conta das promoções de passagens aéreas e descontos na hotelaria, e esse ano não foi diferente. 

Nossa condição, para a viagem de férias em julho, seria a economia. Queríamos ficar uma semana viajando, sem gastar muito (orçamento era de 1000,00 por pessoa) e sem repetir destinos que já conhecíamos. Também queríamos utilizar milhas para as passagens aéreas, já que estávamos com milhas acumuladas. Procura dali, pesquisa de lá e decidimos por Paraty, uma cidade que há muito tempo eu sonhava em levar a família para conhecer.  Eu visitei Paraty há muitos anos, quando ainda era solteira e nunca mais tinha voltado. Mas lembrava bem das muitas opções de praias, história e natureza, que fazem da cidade um lugar perfeito para férias com (ou sem) crianças.

Aqui neste primeiro post contarei sobre o planejamento e farei um apanhado geral da viagem, incluindo custos e roteiros. Nos próximos contarei sobre hospedagem, passeios e restaurantes.

Férias em Paraty

Moramos em Porto Alegre então havia 2 opções aéreas. Podíamos ir até São Paulo e descer a serra do mar de carro até Paraty ou então ir até o Rio de Janeiro e percorrer a estrada Rio-Santos. Lembrei das Olimpíadas, do receio do marido em dirigir no Rio de Janeiro e ainda por cima consegui promoção de milhas para São Paulo. Estava decidido. Passagens aéreas emitidas fui procurar hospedagem.

Como sempre, consultei meu amigo Booking.com mas achei os preços bem salgados em Paraty. As pousadas mais em conta ficavam no lado da serra e eu queria algo próximo ao centro histórico. Gostei da pousada Recanto das Andorinhas e acabei conseguindo um desconto através do nosso agente de viagens, o Flavinho. Ele também nos ajudou na locação do automóvel, que pegamos com a Movida no aeroporto de Guarulhos. 

Dia 25 de julho chamamos um Uber que nos levou até o aeroporto (60,00). Chegando em São Paulo, fomos até a loja da Movida ali no aeroporto mesmo onde fizemos o contrato e depois pegamos a van que nos levou até a central onde estavam os carros.  Para economizar, alugamos o modelo econômico mais simples, motor 1.0 e um GPS. Apanhamos um pouco para pegarmos a estrada, erramos a saída mas logo tudo deu certo. Saímos de São Paulo antes das 10:00 da manhã, pegamos a via Dutra em direção a Ubatuba, pela rodovia Oswaldo Cruz (BR 383). A estrada estava ótima e nós tínhamos tempo, então paramos para fazer um lanche por volta do meio-dia, ainda na Dutra. Pagamos 18,00 de pedágio na ida e cerca de 20,00 na volta.

Rodovia Oswaldo Cruz

O trecho descendo a serra é lindo demais, mas meio tenso. Não conhecíamos a estrada nem o carro e foi preciso usar muito os freios, por conta das curvas íngremes, mas deu tudo certo.

De São Paulo a Paraty, via Ubatuba

Pegar a BR 101 (Rio-Santos) foi o começo do deslumbramento. A estrada (ao menos nesse trecho entre Ubatuba e Paraty) é linda, ótima para dirigir e muito bem sinalizada. A viagem seguiu super tranquila e chegamos em Paraty sem nenhum percalço. Havia uma barreira policial um pouco antes da entrada. Paramos em um supermercado assim que entramos na cidade para comprar água e outras cositas más e seguimos para a Pousada Recanto das Andorinhas onde passaríamos nossa semana de férias. Ao todo, parando ao longo do caminho, levamos 4:30 de viagem entre a locadora de automóveis, em Guarulhos até a pousada em Paraty.

Estrada Rio-Santos

Fizemos o check-in, trocamos a roupa e, como o dia estava lindo e ainda era cedo, saímos para caminhar. A Pousada fica a 15 minutos de caminhada pela avenida Octávio Gama, que segue ao lado do rio Perequê-Açu, que nasce na Serra da Bocaina e desemboca no mar, ao lado da cidade histórica. O passeio é agradabilíssimo, ainda mais nessa época do ano com temperaturas amenas. Muitas árvores ao longo do caminho, pessoas pescando, barquinhos que vão e vem, pontes e uma ciclovia compõem o cenário idílico. Agora imaginem a alegria de 4 gaúchos vindos de temperaturas abaixo de 10 graus passeando de chinelos e bermudas por ali? Felicidade define!

Rio Perequê-Açu

Passeamos por toda a cidade histórica, tomamos café, comemos doce comprado nos carrinhos/tabuleiros, andamos muito até que, exaustos, voltamos para a pousada. 

Pousada Recanto das Andorinhas

Nossa viagem teve alguns poucos incidentes, todos resolvidos sem maiores problemas. O primeiro deles foi, na verdade, uma grata surpresa. No jantar do segundo dia (no restaurante da Pousada Aqui é Para Ti) eu esqueci a mochila e nem me dei conta. Já estávamos deitados para dormir quando o rapaz do restaurante veio até nossa pousada entregar a mochila (o marido havia comentado com ele onde estávamos hospedados). Perguntou sobre a família gaúcha e gentil (e honestamente) trouxe a mochila que tinha todos os nossos documentos, dinheiro e 3 câmeras fotográficas além de 2 celulares dentro. Sim, honestidade ainda existe nesse país! Acredite se quiser! #FénaHumanidade

O segundo incidente foi um pneu furado, felizmente quando ainda estávamos na pousada. Chamamos a assistência 24 horas da locadora e tudo foi resolvido em questão de 2 ou 3 horas (15,00 para consertar o pneu que furou por um prego). Acabamos saindo para jantar à pé mesmo, pertinho da pousada. Tinha várias opções e escolhemos o Café do Canal (em breve, post). 

O marido e a Manoela tiveram problemas estomacais no quarto dia. Passaram mal mesmo… como fizemos todas as refeições juntos e eu e a Juju não sentimos nada, acreditamos que foi a água de algum suco ou algo assim. Acredito que os minerais da água local possam ter causado o problema. Comprei Floratil na farmácia e dei um sachê para cada um junto com um Paracetamol para a dor de cabeça. Ficaram descansando o dia todo, beberam muito chá (as meninas queridas da pousada emprestaram uma garrafa térmica) enquanto eu e Juju saímos para passear. No outro dia estavam novinhos em folha!

O último perrengue foram os borrachudos que nos atacaram sem dó (eu e o marido somente!) quando visitamos as cachoeiras na Serra da Bocaina. Mesmo com repelentes os bichinhos foram vorazes. Ficamos com algumas picadas que incharam, coçaram e doeram muito. Passamos anti-alérgico alguns dias e melhorou… ao menos as crianças foram poupadas. Acho que, na verdade, nós caprichamos no repelente nelas e descuidamos em nós. #Ficaadica1

Caminho do Ouro (Estrada Real)

Quando voltamos, pegamos a Estrada Real, ou Estrada de Cunha, o antigo caminho do ouro feito pelos portugueses. A estrada está em reforma e a parte nova é belíssima! Alguns poucos quilômetros na saída de Paraty ainda não foram reformados e ali a estrada é estreita e tem asfalto bem gasto, mas assim que começa a parte nova fica maravilhosa. O trecho até Cunha, em São Paulo é lindo demais, com várias atrações no caminho e, tendo feito os dois caminhos, afirmo que este de Cunha é mais bonito e mais tranquilo. Ainda assim, eu curti muito ter conhecido as duas estradas. Só recomendo ter um carro mais potente ou mais novo. O carro que alugamos era 1.o e, pelo jeito, muito rodado. “Cansava” nas subidas, não tinha força no motor e muitas vezes foi preciso engatar a primeira marcha para conseguir subir.  Deu saudades do nosso carro! #Ficaadica2

Estrada para Cunha

Outro ponto positivo, pelo menos para nós gaúchos, foi o preço da gasolina ou do etanol, muito mais em conta que no Rio Grande do Sul. A dica é abastecer o carro ainda em São Paulo que tem o combustível cerca de 1,20 mais barato que em Paraty. #Ficaadica3

Caminho da volta via estrada de Cunha

Neste post contao mais sobre a Pousada e depois sobre os passeios que fizemos durante a semana. Também contarei sobre a visita que fizemos a uma pousada que fica no coração da Serra da Bocaina, a Pousada La Dolce Vita, uma opção bem bacana para quem quer ficar perto da natureza exuberante da região. Não perca!

E vocês conhecem? Contem aí nos comentários dicas sobre a região ;-).

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O quê? Família gaúcha com 2 crianças de 05 e 10 anos passando férias em Paraty

Quando? De 25 a 31 de julho de 2016

Como? Avião de Porto Alegre a São Paulo e carro até Paraty

Onde se hospedaram? Na Pousada Recanto das Andorinhas

Pontos positivos da viagem: Estradas ótimas, Natureza, Beleza da Região, História, Segurança, Gastronomia, Passeios

Pontos negativos da viagem: Borrachudos na Serra da Bocaina, Piriri (dor de barriga em 2 pessoas), 1 pneu furado

Recomendamos? SIM

Quanto? Hotelaria: R$ 2260,00 +10%; Locação Veículo: 450,00 +115 (GPS); Etanol: 155,00 Alimentação:700,00; Pedágio: 38,00 Passeios: Nós ganhamos cortesias da agência MB Paraty Turismo em Parceria com a Pousada La Dolce Vita para o passeio de escuna e também para o passeio de jipe para as cachoeiras e alambiques. Paguei 25,00 para o city tour em Paraty e 21,00 no parque Mini Estrada Real.  Presentinhos e amenidades: 100,00. Total= 4090,00 🙂

Aguardem os próximos posts!!! (atualizado em 12/09/2016)

 
 
 
 
 
 
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