As Passeadeiras

Paraty Mirim e Vila da Trindade

No penúltimo dia de nossas férias em Paraty, pegamos o carro logo depois do café da manhã e saímos em direção à São Paulo, pela Rio-Santos. As curvas da estrada mostraram, pouco tempo depois (cerca de 10 km), as placas indicando a entrada para Paraty-Mirim, à esquerda, uma das praias mais comentadas na região. Nossa intenção era visitar ao longo do dia Paraty-Mirim e também a Vila da Trindade e, se desse tempo, alguma outra praia no caminho.

Paraty Mirim e Vila da Trindade

A estrada é boa logo no início, mas depois vira estrada de chão. Felizmente não era época de chuva e nem tinha muito movimento (julho de 2016), assim percorremos o caminho entre vilarejos, pedras e muita poeira sem maiores percalços. O trecho não é longo, passa por uma reserva de índios Guaranis preservada pela FUNAI e, tão logo enxergamos as placas de estacionamento (10,00), começamos a procurar onde parar o carro.

Estrada de chão que vai até Paraty Mirim

A praia de Paraty Mirim é super calminha

Estacionamos o carro aí mesmo e seguimos em frente para ver o trapiche

Descobrimos que havia lugar para estacionar de graça passando a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ou o que restou dela, seguindo em frente um pouco mais. O cenário era convidativo para quem curte natureza e tranquilidade e não se importa com pouca infra-estrutura. Algo meio selvagem até. Um bar com algumas pessoas, à esquerda e barquinhos na praia foi o que vimos além da areia e da vegetação. A Igreja, datada de 1757, rende belas fotos, assim como a praia de areias grossas mas limpas, com barquinhos coloridos e os coqueiros à beira mar.

O trapiche de Paraty Mirim

Paraty-Mirim fica na foz do rio Paraty-Mirim e se a maré estiver baixa é possível atravessá-lo e ir até o outro lado da praia, onde dizem, a praia fica ainda mais bonita. Não fomos pois estávamos com as meninas e a maré estava cheia.

Assim que estacionamos as meninas foram até o pequeno trapiche, que fica em frente à algumas casas bonitas, na encosta do morro. O dia estava muito bonito, sem vento e com muito sol. Aproveitamos para bater fotos e curtir a natureza do local. Perguntei sobre os passeios e alguns locais me informaram que daria para contratar um barquinho e visitar as praias do Saco do Mamanguá (onde pode-se ir através de uma trilha também), a Praia do Saco da Velha, a Praia Grande, a Praia do Cruzeiro e a Praia do Curupira.

UPAM Juatinga

Prédio do INEA

Do lado da encosta havia um prédio e placas, avisando que estávamos na Reserva Ecológica da Juatinga, na Área de Proteção Ambiental do Cairuçu.

Quem vê a praia quase deserta hoje em dia não pode imaginar que ali, nos séculos XVIII e XIX, funcionava um importante porto comercial, tão perto do porto (oficial) de Paraty e de onde saía ouro das Minas Gerais para Portugal e de onde chegavam os escravos (clandestinamente) para as fazendas de café de São Paulo.

Com a maré alta os barqueiros nos aconselharam a não fazer o passeio de barco então pegamos o carro e retornamos para seguir até a Vila de Trindade, mas antes parei para bater umas fotos da Igreja Nossa Senhora da Conceição.

A estrada até lá é ótima e bem cheia de curvas e altos e baixos. A Vila de Trindade tem muitas praias e nós chegamos pela Praia do Cepilho, que é cheia de pedras gigantes e uma faixa extensa de areia. O mar ali assusta, de tão bravo e parece bom para surfar. Talvez por estar na maré cheia? Não sei, mas eu que não entraria na água ali! Também estava bem ventoso. Descemos um pouco para conhecer e bater fotos e seguimos em frente, passando por cima das pedras e por um curso d’água para chegarmos até o centrinho da Vila de Trindade.

Praia do Cepilho

As pedras enormes da Praia do Cepilho

Chegando à Praia do Cepilho

O mapa estilizado abaixo mostra bem o relevo e as praias da região, bem como a estrada sinuosa que nos levou até lá.

Nossa impressão é que estávamos na Praia do Rosa, em Santa Catarina. Em Trindade tem o mesmo astral, meio hippie, bem praiano, com bares, restaurantes, um sem número de lojinhas vendendo biquinis e cangas coloridas, uma rua estreita atravessando a cidade e ruas laterais perpendiculares. Ainda bem que era baixa temporada… não quero saber como fica aquilo ali no verão! Deve ser um engarrafamento só! 

Por ali rolam algumas histórias interessantes, como a dos moradores e locais que se reuniram para impedir que uma multinacional construísse um condomínio de luxo restringindo assim o acesso ao público (tal como fizeram em uma praia próxima, com o Condomínio Laranjeiras). 

Praia do Meio

Praia do Meio

Estacionamos o carro em uma das ruas laterais e fomos até a beira da praia, por um caminho indicado por placas. A pequena faixa de areia inclinada, alguns quiosques e uma enseada formavam um bonito conjunto. Deve ser gostoso no calor, mas as meninas estavam com fome, já era tarde e resolvemos voltar. Além disso batia um ventinho danado que nos deixou com frio. Resolvemos espiar o tal condomínio antes de voltarmos, na esperança de ir até a Praia do Sono, mas desistimos quando o funcionário do condomínio explicou que a trilha até lá levava cerca de 3 horas. Era preciso estacionar o carro ali, na entrada do condomínio e fazer o percurso à pé. Demos meia-volta e seguimos caminho para Paraty. 

Ainda era dia então paramos para um lanche e café com doces :-), que depois de tanto passeio a gente merecia, não é? Não cansei do centro histórico. Poderia voltar lá mil vezes, achei encantador. As meninas quiseram experimentar as paletas La Señorita então fomos lá conferir… ai senhor! Que tristeza… 250 gramas de pura delícia e atolei o pé na jaca e comi uma de leite ninho recheada com ovomaltine… nem preciso dizer não é? Um horror de tão deliciosa! As meninas preferiram morango com leite condensado… devia ser proibido!

Nem precisa falar nada, certo?

Com a consciência pesada mas a alma leve, seguimos o passeio pelo centro até cansarmos. Paramos então para um café, em uma livraria moderninha, a Livraria das Marés, que é um encanto, onde as meninas ficaram entretidas com os livros enquanto eu e o marido curtíamos a paz e o aconchego de uma boa xícara de macchiato.

Macchiato na Livraria das Marés


Saímos dali e já era noite. Compramos alguns pães de queijo e a família foi para a pousada, enquanto eu fiquei para fazer o City Tour que contei aqui. Mais um dia cheio e lindo na cidade que nos conquistou de todas as formas possíveis. Quero muito voltar lá!!!

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E você, já conhece? Conta pra nós suas dicas! E caso esteja planejando sua primeira visita veja aqui todos os nossos posts onde contamos nossas férias de julho com crianças em Paraty:

 Férias em Paraty – A Viagem

Pousada Recanto das Andorinhas

Pousada La Dolce Vita

 
 
 
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