Luana e Vicente adotaram uma menina, a Sofia e, em seguida mudaram para os Estados Unidos e a gente acompanha tudo com os relatos deliciosos que ela faz aqui para o blog. Se você já acompanha, vai curtir a continuação da saga. Se ainda não leu, no final do post tem os links para os posts anteriores. #ficaadica
“Os dias foram passando e nossa adaptação parecia se tornar mais complicada, rotinas de casa, fazer comida, cuidar da pequena, fazer supermercado, escolher e tentar agendar um novo pediatra, tudo se tornava complicado, pois eu sem falar inglês dependia de meu esposo para muitas tarefas que sempre fui eu quem cuidei.
A saudade foi dia a dia apertando e a vida passou a ficar mais complicada e começou o stress e a falta de sono e claro, as crianças sentem tudo, ela passou a ficar mais chorona com certeza também sentiu saudades da família grande e nova que havia a pouco conhecido, começou a sentir a mudança e a ter que se adaptar a esta nova rotina.
Por muitas vezes parei e pensei: o que eu estou fazendo aqui? Quando vai passar esta fase?
Tínhamos um casal de amigos que haviam chegado uns sete meses antes, conversávamos muito e eles sempre nos diziam que os primeiros meses são assim depois as coisas vão ficando mais tranquilas, mas naquele momento meu coração não entendia.
Logo buscamos uma creche para colocar a gordinha e encontramos um day care de uma Igreja, muito lindinho, limpinho e com ambiente super aconchegante e o mais importante poderíamos levar o almoço, pois aqui a alimentação é muito diferente da nossa.
Em agosto ela iniciou as aulas três vezes por semana e para nossa surpresa, teve uma ótima adaptação, sem choros e super feliz em poder estar com outras crianças.
Isso foi muito bom, pois assim tinha um tempinho para eu me organizar e descansar daquela função por algumas horas, pois o horário da escolinha é das 9h às 14h.
Porém mais uma vez havia a barreira da língua, como eu ia conversar com a professora e perguntar sobre minha filha sem falar o inglês? Para minha sorte havia uma assistente na turma que falava espanhol e que muito me ajudou quando precisei passar algumas informações da Sof.
Comecei a fazer aulas de inglês em um curso gratuito indo duas vezes por semana a aula, nos horários que ela estava na escolinha.
Como ainda era verão, a tarde aproveitávamos a piscina ou íamos para uma praça, assim comecei a dirigir mais sozinha e a conhecer lugares para curtir os dias com minha baixinha.
Nosso primeiro e grande passeio com ela foi ao Sea World, e foi um barato! Ela adorou e seus olhinhos brilhavam a cada atração. Passamos um final de semana muito gostoso, mas na volta notamos que ela estava ficando com bolinhas nos pés, nas mãos e estava febril.
Desconhecia esta doença, mas aqui é bem comum a doença do pé,da mão e da boca, A criança fica com bolinhas, muita coceira por alguns dias e um pouco febril. Ligamos para a pediatra que nos indicou a somente ministrar remédio para febre e uma loção para coceira. Ela ficou de molho uma semana em casa.
Logo chegou o feriado de Halloween, e aqui é uma data super esperada pelas crianças, um dia mágico, onde todas as comunidades se preparam para o “Trick or Treat”, com decorações, fantasias e balas para esperar as crianças. No dia 31 de outubro, vesti ela com a fantasia que tinha em casa para brincar e lá fomos nós caminhar com a baixinha para pegar algumas guloseimas. Ela simplesmente amou a função.
Por aqui também existem muitas festas Farms, isso são festas em grandes fazendas onde na época de outono se comemora a colheita das abóboras ou Pumpkins como se chama aqui. Com mais um convite para conhecer, lá fomos nós levar a Sofia para brincar na fazenda.
Os dias foram passando e já com mais amigos se tornavam mais amenos, como nos mudamos em junho resolvemos aproveitar o feriado de Thanksgiving em final de novembro para voltar ao Brasil, pois para ir no Natal as passagens estavam muito caras então nos programamos para passar duas semanas com a família.
Ainda tenho muito para contar, pois até aqui foi somente nossos primeiros meses de adaptação e descobertas neste novo país, mas fica para o próximo post.
Mais uma vez agradeço a oportunidade de estar aqui, só o tempo para mostrar que as mudanças acontecem devagar porque a direção é mais importante que a velocidade.”
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Leia os relatos anteriores de Luana aqui:
Mudando para os Estados unidos
Período de Adaptação na Adoção