Nem sei por onde começar este post… já o comecei tantas vezes e decidi não continuar. Mas enfim acho que chegou a hora! Daqui a 30 dias nós embarcamos para uma loucura daquelas e hoje, dia 14 de novembro, começa a contagem regressiva para a maior aventura de nossas vidas. Eu explico!
Ano passado nós fizemos um intercâmbio nos Estados Unidos, onde ficamos cerca de 40 dias, quando as meninas e o marido fizeram aulas de inglês, em Fort Lauderdale. A experiência foi tão incrível que resolvemos repetir nas férias de verão de 2017, só que desta vez, queríamos levar as meninas para a Europa.
Leia sobre nosso intercâmbio nos Estados Unidos aqui
Pesquisamos um pouco e concluímos que iríamos para Portugal. Nossa intenção não era aprender idiomas, mas sim, expor as meninas a uma outra cultura, onde a arte e a história seriam o grande foco da viagem. Pesquisamos escolas, apartamentos para alugar, falamos com amigos que moram lá e, em abril, compramos as passagens.
Nossa ideia era viajar durante 15 dias e depois ficar em Lisboa durante 30 dias, para as aulas das meninas. Comecei a pesquisar o roteiro, fazer planos para a viagem e… foi aí que tudo mudou!
Lisboa (Foto: @DicasdeLisboa)
No meio das minhas pesquisas me deparei com vários artigos sobre morar em Portugal. A curiosidade foi aumentando e o desejo também. Conversava com o marido, que foi se entusiasmando a tal ponto que, quando descobrimos que poderíamos tentar o pedido de visto de residência, para ficarmos mais tempo, nem pensamos duas vezes. Resolvemos investir mais sobre o assunto.
Descobrimos que Portugal oferece vários tipos diferentes de vistos para quem quer morar lá. Escolhemos um, que melhor se enquadrava em nosso momento, juntamos os documentos todos (vou fazer um post só falando sobre isso, porque é uma novela, já adianto), telefonei para o consulado Português aqui em Porto Alegre e, depois de seguir todas as instruções, finalmente agendamos uma visita para o início do mês de junho.
Chegado o dia fomos, eu e o marido, até o consulado. Entregamos os documentos depois de pagarmos as taxas, fizemos a entrevista e fomos para casa,com o coração na mão. A informação que tivemos era que poderia demorar até 60 dias para recebermos o resultado que, para nossa surpresa enorme, foi positivo, depois de 35 dias. Daí o mundo parou!
Como assim deu certo? E agora, fazemos o quê?
Livro Lisboa de David Pintor
Foi um rebuliço nas nossas vidas. Era um milhão de coisas para pensarmos e decidirmos. Quando iremos? Quanto tempo ficaremos? Podemos trabalhar lá? E a escola das meninas? Quando começa o ano letivo? Conta no banco, como faz? Onde morar? E a nossa família aqui? E a nossa casa? E o dinheiro vai dar?
Ficamos meio que anestesiados por algumas semanas, tentando por o pensamento em ordem e partir para a parte prática da coisa. Tínhamos passagens compradas para férias em dezembro, então precisávamos ajeitar tudo levando essas férias em consideração, ainda por cima.
Conversamos muito nós dois e decidimos ir devagar. Nossa ideia então foi a de ficarmos 2 anos, para fazermos uma experiência. Nosso visto permite uma permanência de até 10 anos, prorrogável se atendermos as condições na época, mas como não sabemos se vamos nos adaptar, se gostaremos da experiência, enfim, vamos com calma.
Resolvemos passar o mês de janeiro em Lisboa resolvendo os assuntos burocráticos e os assuntos da escola. Já pesquisamos pela internet as opções e também a questão da moradia para o ano que vem. Compramos passagens para março, quando faremos a mudança. Até lá, teremos o mês de fevereiro para terminarmos de resolver as pendências aqui no Brasil.
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Para quem quer saber mais sobre Portugal, no canal Multishow tem o programa da Didi Wagner com 8 episódios por lá. E para quem não tem a TV por assinatura, olha o vídeo aqui:
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Passada a euforia inicial, contamos para as meninas e para nossas famílias. As reações foram das mais diversas possíveis. Um misto de alegria com medo, preocupação e insegurança, tudo junto e misturado. Da minha parte, não durmo direito desde então, tamanha ansiedade. É diferente quando temos filhos e uma vida completamente estruturada, confortável e estável aqui. Ao mesmo tempo que acreditamos muito que será uma experiência de vida fantástica para todos nós, mais ainda para as crianças, não consigo parar de pensar que vai ser uma barra muito pesada ficar longe de pessoas que amamos tanto, como nossos pais, irmãos e amigos.
Enfim, a sorte está lançada. Sempre sonhei morar fora, mas nunca imaginei que seria assim, com crianças pequenas. Imaginava eu e o marido pelo mundo, nós dois aposentados e as meninas criadas… mas a vida vem e nos dá um empurrão, só para mostrar que não somos nós que controlamos tudo.
Seja como for, acreditamos que vai ser bom e por isso vamos encarar. Em muitos aspectos vai ser um “downgrade”. Lá viveremos uma vida muito mais simples, com menos recursos e nenhuma ajuda. Em outros tantos, vai ser um enriquecimento. Meus planos pessoais incluem muitos posts aqui no blog, 2 livros e muitas, muitas viagens e passeios pela terrinha e além! Imaginem se eu já não estou sonhando com os voos das companhias low cost que tem na Europa? Claro que sim!
E se vocês me derem a honra de sua companhia, prometo contar tudinho aqui. Não me deixem só!!!! Embarquem conosco nessa enorme aventura! Faltam 30 dias para começar…
Beijos das Passeadeiras!
