Eu não era do tipo maternal, não ficava pegando bebês no colo e achando o máximo. Era meio desajeitada até. A maternidade demorou a acontecer em mim, como um desejo. Talvez tenha sido o relógio biológico ou talvez eu tenha encontrado alguém que despertou o mim a vontade ancestral de perpetuar a espécie. O fato é que quando eu quis, não foi nada fácil. E eu digo isso, sem nenhum drama. Mas digo com o trauma de quem, até hoje, sofre ataque de ansiedade quando precisa fazer uma ecografia. Foi difícil assim.
Foram 4 anos de tentativas, frustrações, cirurgias, lágrimas, revolta, resignação, tristeza em uma montanha russa de sentimentos, alguns tsunamis de emoções que resultaram em sessões de psicoterapia, quando cheguei ao ponto de não mais me reconhecer. Em uma das sessões a psicóloga perguntou por que eu queria ser mãe. Daí o tempo parou. Como assim porque? Eu nunca havia parado para pensar. Precisava de um motivo além “do caminho natural das coisas”?
Fiquei algum tempo olhando para ela sem resposta, com um misto de espanto e curiosidade no olhar. Ela pegou pesado comigo. E eu gostei. Gostei porque me fez pensar sobre o que eu queria realmente. Me fez pensar se eu não estava simplesmente seguindo o tal “caminho natural das coisas”. Refleti por mais algum tempo e quando respondi, foi com convicção.
Eu quero ser mãe porque eu acredito, sinceramente, que nenhuma outra vivência neste mundo seja tão rica, tão intensa, tão abrangente e complexa quanto o fato de conceber, gestar, parir e criar uma criança. Eu quero ser mãe com o pacote completo, as noites insones, o cocô, as birras, as brigas, o dia-a-dia extenuante e as inseguranças de não saber o que estou fazendo. As cobranças, as falhas, as frustrações. Junto com isso tudo eu também quero o amor incondicional, o olhar apaixonado, o calor, o cheirinho no cangote, as roupinhas, as brincadeiras de boneca, as manhãs de domingo, a sensação de ser deus. Ao menos aos olhos de alguém.
Eu quero a dor e a delícia porque eu acredito que só assim a experiência é completa. E eu quero a experiência completa e verdadeira. A vida como como ela é. Por inteiro. E para ser inteira eu preciso me multiplicar. Eu preciso ser mãe.
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Que texto gosto, positivo de ler! Cláudia, como você disse, tudo vem na sua hora, se não quis antes é porque não era a hora. Você está mais que preparada, confiante e segura do seu papel! Adorei! Ame, se joga nesta montanha russa que é a maternidade!
Adorei o texto, é ela pegou pesado mais vc se saiu bem, o motivo de eu querer ser mãe tão foram esses, com as alegrias e tristezas que temos na maternidade … Com certeza tudo tem o seu tempo
Beijos Mi Gobbato – Espaço das Mamães
Para tudo tem sua hora!!
O que Eh seu está guardado e vc jaja será abençoada com esse milagre da vida!! Muitos beijos
Belas palavras, Claudia! Realmente, não tem preço os olhinhos de um filho nos olhando! Nos sentimos mesmo como sendo uma espécie de Deus para aqueles olhinhos! Parabéns pelo texto!
Tb nunca tive o sonho da maternidade, assim como nunca tive o sonho idealizado do casamento. Como diz meu pai, sou meio menino pra algumas coisas rs…
Mas ao mesmo tempo, acho q ia pirar se soube que nao poderia ser mae. Talvez pela conbrança social e familiar. Mas agora que sou mae, tenho certeza q é uma experiencia unica, que vale a pena viver!
Deia Tomaz – http://www.lancheiradojoao.com
Lindo texto.. Tudo tem.sua hora o sonho de Deus é maior que o nosso.. Bj
Lindo texto!! Havia lido no blog da Claudia e admiro muito mulheres que lutam para serem mães. Não sei se teria essa coragem… Creio que só tentando e não conseguimos criamos essa força sobrenatural.
A maternidade é isso mesmo Cláudia, adorei tua resposta! O pacote vem completinho! E hoje tu vives plenamente o papel de mãe. Bjo
Que texto maravilhoso. Me peguei fazendo a mesma pergunta e digo que a resposta é igual… Beijos e parabéns!
Como você disse Claudia, tudo tem sua hora. Eu sempre me via mãe. Desde que me entendo por gente, me atracava nas bonecas, mas velha com as crianças menores. Minha irmã mais nova era minha cobaia! Texto incrível!
Me identifiquei muito com o teu texto e os teus sentimentos. Ser mãe é a dor e a delícia mesmo, tudo de bom, rever os conceitos, rever a vida!
bj,
Alê
http://www.dafertilidadeamaternidade.com.br
Também demorei para ser mãe, e para entender porque queria ser mãe. Ai a vida te dá em dobro o seu desejo. Ótimo post.
@nossasaogemeoz
Sei bem como é isso. A maternidade tb demorou pra mim. Qdo descobri Q estava grávida a primeira vez, já descobri quando estava perdendo. E foi aí que eu vi que queria ser mãe.
Hoje eu digo com a maior certeza do mundo: ser mãe foi a melhor coisa que eu fiz! Amo ser mãe!
Tudo tem sua hora Clau que texto mais lindo.
Bjs
Mari
Vamosmamaes.blogspot.com.br
Lindo texto! lembre que Deus sabe a hora certa para tudo. bj
Ser mãe é sem dúvida sentir as dores e delicias do mundo maternal. E sem dúvidas, quando chega a hora, acontece. E você (no caso eu haha) que se via totalmente despreparada descobre que esse é o seu melhor e mais prazeroso lado. ❤
Beijos, Mila (@mundodamae)
Que post lindo. Tudo tem seu tempo. Ser mãe sem dúvida é sentir tudo ao mesmo tempo. Um mistura dos sentimentos mais incríveis,
eu fui mãe sem esperar, mas foi a melhor noticia da minha vida e num momento nada favoravel, mas deus sabe o que faz e me deu muita força .
Um texto sincero e cheio de emoções. às vezes é importante alguém pegar pesado com a gente para nos encararmos e nos descobrimos. Que você se multiplique e seja inteira.
beijos
Chris
Lindo texto!
Texto lindo e cheio de amor, tudo tem o seu tempo 😉
Texto lindo!Eu sempre sonhei em ser mãe, na verdade sonhava em ser mãe de 3, mas depois desisti e fiquei com uma só!!
Tudo tem seu tempo e acredito muito nisso. Adorei o seu texto e sua história
Adoro seus post’s Clau! Parabéns!
Obrigada Jacky! 🙂 Beijo
Nunca quis ser mae… mas com meu marido nao era negociavel e hj sou uma pessoa muito feliz por ter meus 2 filhos…
bjs
Lele
Que lindo texto para ler! muito gostoso e me identifico! Ser mãe me fez mais completa! Amo ser mãe e me entregar à maternidade. Parabéns pelo texto, Claudia!!! Amei! Beijos.