Dia 15 de dezembro saímos de Porto Alegre rumo a São Paulo, pela cia aérea Gol. Nosso destino final era Portugal, mas por conta de uma promoção imperdível da Lufthansa, optamos por comprar passagens que implicavam em uma escala de dez horas em Frankfurt, na Alemanha. Neste post conto como foi a viagem, incluindo o tempo de espera em São Paulo, o avião da Lufthansa, o aeroporto de Frankfurt e nossa visita ao mercado de natal, antes de chegarmos à Lisboa.
Leia aqui todos os posts sobre nossa viagem a Portugal
A viagem de Porto Alegre à São Paulo foi rápida e tranquila e, tão logo chegamos lá, caminhamos até o mais novo terminal de Guarulhos, onde fica o balcão da Lufthansa. Apesar de cedo, conseguimos despachar as malas e fomos almoçar. Como estávamos no Terminal 3, onde há ótimas opções, escolhemos um que ainda não conhecíamos, o Ráscal.
Outra razão é que ele estava razoavelmente vazio, enquanto o Olive Garden e o Red Lobster (que a gente ama) estavam lotados de gente! Manoela pediu uma lazanha que estava divina enquanto Juju, eu e o marido optamos por um salmão com legumes que também estava muito bom.
A comida estava uma delícia e o local bastante agradável. Depois do almoço caminhamos um pouco e no meio da tarde paramos para um café e sorvete para as meninas. No calorão do verão foi complicado arrumar as mochilas pensando que desceríamos na Alemanha, com temperaturas negativas e sem nossas malas. Optamos por levar casacos acolchoados que ficam enroladinhos (Uniqlo), ocupam pouco espaço e são muito quentinhos. Também levei manta e luvas para todos, além de camisetas térmicas e um agasalho de fleece, aquele material que chamamos de soft, no Brasil. Dá para imaginar que as mochilas estavam cheias. Fomos todos de botas e meias quentes e ainda levamos alguns jogos e brinquedos para as meninas, além de balas e chocolates. Haja espaço!
Nosso voo saiu as 07:30 da noite, no horário programado. O avião era grande, com a primeira classe no andar superior (mas nós fomos de econômica…). Ficamos na fileira central, com as meninas no meio. Todos os assentos tinham monitores individuais e havia wifi à bordo, para quem quisesse comprar. A variedade de filmes era excelente, além de séries de tv, livros eletrônicos, música e jogos.
O jantar foi servido bem tarde e a Juju já estava dormindo. Guardei um pão e suco, mas ela nem comeu. Acabou dormindo direto até o café da manhã (benza deus, que invejinha!). Manoela jantou, olhou um pouquinho de TV e logo dormiu também. Achei as poltronas bastante confortáveis, com espaço suficiente para as pernas. O marido que é bem mais alto também achou o mesmo. O voo foi muito tranquilo e chegamos à Frankfurt sem nenhum percalço, somente as loooongas quase 10 horas de voo. O café da manhã foi simples mas gostoso.
O aeroporto de Frankfurt é gigante, impecável. Não tínhamos malas mas foi preciso passar pela imigração e, em seguida, seguimos para a estação de trem que fica ali mesmo no terminal. Foi bem fácil de achar, seguindo as indicações e assim que chegamos lá fomos ao balcão para comprar os tickets para o trem que nos levaria ao centro histórico de Frankfurt, o local onde ficam os famosos mercadinhos de natal.
Sem nenhuma animação (as meninas estavam sonolentas e cansadas da viagem – estavam viajando a 24 horas já) seguimos para o centro, mas tudo sem percalços. Os tickets custaram em torno dos 15 euros, ida e volta, para nós 4 e foi bem fácil de descer na estação certa. Claro que tivemos ajuda da nossa super guia mega experiente em leitura de mapas: Juju.
A essa altura já era mais que meio-dia, ainda assim caminhamos um pouco por entre as bancas do mercado até que a fome bateu. Não encontramos nada muito apetitoso, para ser sincera! Nada do tipo comida de verdade. Havia lanches e muitos doces, muitas salsichas mas nada que causasse animação na galera aqui de casa. Para piorar fazia um frio do cão e o mau-humor da fome + cansaço começou a bater.
Passamos por uma banquinha que vendia sopas, e um caldinho quente pareceu ótimo. Compramos sopa para todos nós, que vinha em uma cumbuquinha e acompanhava pão. Sinceramente, nada de mais, uma canjinha de galinha bem ralinha até… mas encontramos um lugarzinho ao lado para sentar e comer (os outros lugares era em pé mesmo), o que foi um alívio.
Depois do almoço, mesmo magrinho, nos sentimos mais revigorados e saímos para passear mais um pouco. Caminhamos cerca de uma hora pela redondeza, olhando as bancas de natal, provando docinhos e fotografando tudo, claro!
Como sempre, bate aquela vontade de tomar um café e o marido viu uma loja bem na esquina da praça, na verdade era uma galeria inteira, com 6 andares, a Galeria Kaukhof. Resolvemos olhar a loja (que estava bem quentinha!) e descobrimos que no último andar havia um café super aconchegante, com uma vista linda para a cidade além de tudo!
Bingo, aproveitamos para ir ao banheiro e tomamos um café bem gostoso, enquanto descansamos um pouco com as crianças. Saímos de lá para voltar ao aeroporto, pois a viagem ainda continuaria até chegarmos a Portugal! Já no aeroporto as crianças brincaram na área kids, que tem um avião/escorregador e fizemos um lanche ali na sala de espera mesmo.
Chegamos em Lisboa a meia-noite, depois de 36 horas viajando. Foi super cansativo, não vou negar. Chegamos mortos de cansados, mas valeu a pena! Conhecemos um lugar interessante, em outro país, as meninas foram ótimas, mesmo muito cansadas seguraram a peteca e se comportaram muito bem.
Aqui uma observação. As meninas estão mais crescidas e bem acostumadas com viagens longas e cansativas. Ainda assim, não deixamos de seguir o ritual de explicar e contar exaustivamente o que vai acontecer durante a viagem, antes mesmo dela começar. É um ritual que tem funcionado muito bem para nossa família e que recomendamos a todos que vão viajar com crianças.
Algumas semanas antes eu converso com todos avisando, em detalhes, tudo o que vai acontecer. O tempo que vão esperar, o que iremos fazer, tudo bem explicadinho. Essa conversa, por incrível que pareça, faz uma diferença enorme. Para completar, um dia antes de começar a viagem eu chamo todos e fazemos um pacto. É um ritual mesmo, onde dizemos, todos, que mesmo estando cansados, estressados e sem paciência, faremos o impossível para tornar nossa viagem agradável. Lembraremos de ser gentis e compreensivos, amorosos e dedicados uns aos outros. Um por todos e todos por um, como os mosqueteiros. Se algum de nós esquecer do pacto, alguém vai lembrar. Eu sinto uma emoção imensa ao afirmar aqui que esse pacto tem feito uma diferença enorme nas nossas viagens. Acreditem ou não, são sempre as meninas a lembrarem dele… e eu sinto um orgulho danado que seja assim.
E vocês, seguem alguma rotina ou ritual? Acham que funciona? Contem pra gente aí nos comentários!
________________________________________
Pensando em viajar e não sabe por onde começar? Leia aqui dez dicas de como planejar uma viagem, com dicas de organização e economia e aqui 15 dicas para viajar de avião com crianças.
Leia aqui o que As Passeadeiras aprenderam viajando, que foi parte de uma blogagem coletiva que fizemos ano passado com vários blogueiros de viagens.
Já pensou em levar a família para fazer um intercâmbio familiar? Nós fizemos nos Estados Unidos, foi uma experiência fantástica e contamos tudo aqui!
Leia aqui qual documentação é necessária para viajar com crianças.
Veja aqui sete dicas de como arrumar as malas para viajar com crianças.
[…] Leia aqui como foi a viagem do Brasil até Portugal, voando pela Lufthansa, com direito a pit-stop n… […]
[…] depois, para a Alemanha, onde nosso voo fez uma escala de 10 horas. Aproveitamos para conhecer os mercados de Natal de Frankfurt! Chegamos em Portugal e nos primeiros 15 dias fizemos uma roadtrip, uma viagem de carro pelo país, […]