Home Exchange – a experiência de Carla Leidens

Claudia Bins

11 meses atrás

Minha querida amiga Carla Leidens, é brasileira, Relações Públicas e vive em Portugal há 2 anos. Ama viajar coma filha Clara, e as duas adoram desvendar o mundo. Pois foi acompanhando uma de suas aventuras que resolvi convidá-la para este guest post, contando sobre as experiências de Home Exchange, a famosa Troca de Casas que faz as viagens mais econômicas e permite uma imersão na cultura local.

Carla querida, muito obrigada por ter aceito meu convite e é uma honra ter você aqui no blog!

Para quem quiser acompanhar a Carla, ela é gaúcha como eu e tem um instagram muito gostoso @carla_leidens, segue ela lá!

O Filme “The Holiday” (O amor não tira férias – Netflix) foi a inspiração de Carla

Home Exchange – a experiência de Carla Leidens

Não é um filme de natal, mas todos os anos neste época eu gosto de assistir O Amor Não Tira Férias, com Cameron Diaz, Kate Winslet e Jude Law. Confesso que gosto muito de ver a neve caindo em um chalé no interior da Inglaterra, Jude Law está escandalosamente lindo no filme, a história de happy end também me encanta, mas o que mais gostei no filme foi a troca de casas.

O filme conta a história de duas mulheres, que depois de uma desilusão amorosa, resolvem trocar de casa e através de um site acertam os detalhes para uma ir para os EUA e a outra para o interior da Inglaterra. E, assim elas fazem. Uma vai para a icônica Los Angeles e a outra para um chalé nevado no interior da Inglaterra. Pois, foi exatamente neste ponto que me peguei encantando com o filme.

Amo viajar, desde sempre, e, a hospedagem é o gasto mais considerável. Para ficar bem localizada e fazer tudo caminhando é importante procurar um hotel ou outro tipo de hospedagem como AIRBNB que caiba no bolso, e , esta tarefa nem sempre é fácil. A equação hospedagem, alimentação e verba para tickets, passeios e outros gastos é complexa.

Home Exchange é uma plataforma que gerencia Trocas de Casas

Quando mudei para Portugal, há cerca de 2 anos, recebi a indicação de uma amiga para me inscrever no Home Exchange, um site de troca de casas que é bastante usado por aqui. Fiz o cadastro, através da indicação dela, preenchi os requisitos de documentos, identificação da casa e qualificação de localidade, quantos quartos casa de banho, etc… e fui classificada dentro de uma categoria X que determina o valor em pontos que vale a diária ao se hospedar na minha casa, em Estoril.

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Troca de casa (Home Exchange) é uma prática que faz referência à troca de imóveis durante o período de férias. A sua origem remonta à década de 1950 quando professores de sindicatos da Holanda e da Suiça buscaram uma forma econômica que permitisse mais viagens a um custo baixo.

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A partir daí você já tem um perfil e começa a acumular pontos. Ganha por se cadastrar, por preencher o perfil da casa completamente e também por fazer a verificação dos seus documentos. Ah, e ganha pontos também cada vez que indica um amigo para o site. E, assim começa a fazer uso da plataforma, que se dá de duas formas:

– Troca recíproca: você entra em contato com o usuário do lugar que você deseja visitar e ele tem interesse também em se hospedar, no mesmo período que você, em sua casa. E, vocês trocam, sem que haja necessidade de usar seus pontos, pois ambos estarão trocando de casa.

– Troca por Guestpoitns: você entra em contato com o usuário do lugar que você deseja visitar, informa o período que quer ficar e se o anfitrião tiver disponibilidade faz a troca e os pontos, de acordo com o número de dias que você vai se hospedar, são debitados na sua conta e creditados na conta do anfitrião.

Nunca envolve dinheiro, mas é possível que haja taxa de limpeza ou você mesmo pode deixar o espaço limpo, basta negociar com o anfitrião. Há também um pagamento anual, de 140€ para registro e manutenção da plataforma.

Carla viajou para vários países através do Home Exchange

Desta forma já me hospedei em Paris, Londres, Praga, Zurich, Genebra, Madrid, Barcelona e Vernon uma cidadezinha no interior da França, quando fui visitar os Jardins de Monet em Ginerny. Também já recebi na minha casa pessoas de vários países: Alemanha, Inglaterra, Suíça, Espanha e Portugal, já que o turismo interno é bastante intenso por aqui.

E, como ficam as coisas da gente em casa? Viver na Europa é um exercício de desapego. A gente vive com menos e aprende a não valorizar tanto “as coisas”. Por aqui o que vale são as pessoas e as experiências vividas. Por isso, quando viajo, e alguém se hospeda em casa, deixo tudo como sempre foi. Levo comigo meus documentos e computador. De resto, tudo fica em casa. Alguns hóspedes trazem roupa de cama e toalhas, mas se não trouxerem, usam as minhas, sem problemas. E, quando eu me hospedo em outro lugar, procuro tratar de tudo como se fosse meu, deixo a casa organizada e limpa e quando volto para a minha casa, sempre encontro também assim.

O Home Exchange é uma experiência incrível para viajar e economizar em hospedagem, mas vai além. É uma experiência de troca de alma, de desapego, de olhar o mundo de uma forma diferente, onde partilhar é necessário para construção de um novo caminho. Ainda tenho esperança de conhecer lugares remotos e mágicos. Na última hospedagem em Praga, vivi o sonho de tomar chá olhando a neve cair pela janela. Agora só me falta o Jude Law para me pedir em casamento, e deixar o filme da vida perfeito.