The Royal Rawness

The Royal Rawness, uma cafeteria multicultural que faz a própria torra de grãos, em Marvila.

No último sábado (15 de fevereiro/2020) conheci uma região de Lisboa que nunca tinha visitado antes: Marvila. Fui a convite da querida Sônia @lovelylisbonnertravelblog, como parte da quarta edição do @instameetlisboa.

Nem preciso dizer da minha alegria em poder conhecer pessoalmente instagrammers portugueses que há muito sigo e admiro e, de quebra, mais um café incrível na cidade. Programão de ficar na história, não é mesmo?

Então, no post de hoje eu conto como é o café The Royal Rawness e um bocadinho daquilo que vi em Marvila.

The Royal Rawness em Marvila

Um antigo armazem da Abel Pereira da Fonseca serve de sede à cafeteria moderna e acolhedora, inaugurada no início de abril do ano passado.

O ambiente é iluminado porém nada frio, tampouco tem ares nórdicos. A personalidade vem das madeiras, antigos canos e cadeiras de ferro. Original e acolhedor. Gostei também dos verdes espalhados no ambiente e das sacas de grãos lá e cá, onde as palavras Brazil, Minas Gerais e outras trazem o pago à memória.

The Royal Rawness por dentro

Os atendentes são de vários locais do mundo, como percebi. Havia um brasileiro, um alemão e outros que não sei dizer de onde são. Combinam muito com os clientes. Estava cheio de turistas!

Macchiato no The Royal Rawness

Os donos são Paulo e Nancy, ele português e ela, canadense. Perguntei de onde vinham os grãos, além do Brasil obviamente (pelas sacas, percebi). A resposta foi África, Colômbia e Indonésia. Adiversão começa após a torra, quando fazem os blends, combinando 3 ou 4 cafés diferentes.

The Royal Rawness

O resultado está na ementa, que contém espresso por 1€, Latte por 2,70€, macchiato por 1,50€ (foi o que pedi e estava lindo e gostoso). Há várias outras opções, além de chás e sumos.

Fiquei com água na boca para experimentar o brunch estilo australiano e as comidinhas e sandes, feitos com produtos locais e, muitos deles, orgânicos.

Saladinhas no The Royal Rawness. Foto: @theroyalrawness

Um pouco de história

O prédio onde fica o The Royal Rawness serviu de sede aos Armazéns Abel Pereira da Fonseca. Foi construído entre os anos de 1916 e 1917, projetado pelo arquiteto Manuel Joaquim Norte Junior. Reza a lenda que Fernando Pessoa frequentava o “Abel”, para um copo de vinho, já que o Armazém funcionava como empresa de distribuição de vinhos.

Armazé, Abel Pereira da Fonseca. Foto: Estúdio Horácio Novais (Biblioteca de Arte da F.C.G)

Sobre Marvila

O antigo bairro entre a vibrante Alfama e o moderno Parque das Nações, serviu de pólo industrial da Lisboa dos anos 60. Depois de um período bastante decadente, voltou a ser redescoberto por artistas, lojistas, cervejeiros e restauranteurs.

Marvila é um bairro de contrastes, guarda em suas ruas uma Lisboa antiga, com pátios pequenos e cortiços, prédios com painéis de Street Art, tanques coletivos de lavar roupa e arqueologia à céu aberto. É uma parte de Lisboa que você não vai encontrar nos guias turísticos e, justamente por isso, vai te encantar.

Passeio por Marvila durante o 4º #Instameetlisboa

Leia neste artigo da revista TimeOut sugestões do que visitar em Marvila, enquanto não sai o post do nosso passeio, aqui no blog.

The Royal Rawness

Endereço e horário de funcionamento:

Praça David Leandro da Silva, 2 (Marvila). Seg-Sáb 08.00-18.00.

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