Um dia em Bruges, aquela gracinha de cidade a pouco menos de uma hora de distância de trem de Bruxelas. No post de hoje eu conto como foi nossa visita à romântica cidade de Bruges.
Como ir, o que visitar, onde comer e até mesmo onde dormir, caso resolva passar uma noite por lá. Tudo aqui!
Nossa visita à Bruges aconteceu durante nossa escapadinha de carnaval à Bruxelas, em março de 2019. Fazia bastante frio e o tempo estava úmido, mas nada disso impediu ou, até mesmo, diminuiu nosso encantamento por Bruges, uma cidade cheia de história e beleza, romântica e muito fácil de visitar.
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O que saber antes de ir
A Bélgica é um país bastante chuvoso, então é bom ir precavido com capas de chuva e sapatos que resistem à água. Nós chegamos a utilizar guarda-chuvas assim que chegamos à Bruges. Felizmente a chuva parou 15 minutos depois e conseguimos passear mais tranquilamente.
Em março, quando fomos, fazia bastante frio. De manhã cedo chegamos a pegar 4 graus e em alguns dias havia muito vento. Mas a medida que o dia avança o vento e a chuva cessam e chegou mesmo a abrir o sol!
Outra peculiaridade Belga é que é bem comum ter que pagar para utilizar os banheiros nos restaurantes ou cafés. Cerca de 0.30€ ou 0.40€ por pessoa. Vá precavido(a) e leve moedas.
Como ir de Bruxelas até Bruges
Na estação Bruxelles-Midi, perguntei no balcão de informações como ir até Bruges. Nossa intenção era ir de trem, com o benefício dos descontos nas passagens por ser final de semana. Esta é a primeira dica! Vale muito a pena, pois temos 50% de desconto na tarifa weekend.
Além disso, Juliana, por ter menos que 12 anos não paga nada e Manoela tem descontos por ser adolescente.
Comprei os tickets em uma das máquinas da estação. Foi bem simples e rápido, considerando que havia uma fila bem grande para comprar tickets nos guichês de atendimento.
O próximo passo foi encontrar a plataforma para embarque. O que nós não sabíamos é que o trem que para em Bruges tem destino final em Knokke, então todos os avisos e sinalizadores indicavam Knokke.
Voltei no balcão de informações e o rapaz, bem atencioso, explicou direitinho e indicou a plataforma 9, para o próximo trem.
A Estação Bruxelles-Midi é moderna, muito bem sinalizada e mais parece um shopping center, com lojas e cafés por todos os lados, uma beleza mesmo. Foi bem fácil encontrar as escadas rolantes que levam até a plataforma. Com os tickets na mão, lá fomos nós.
Você pode consultar todos os horários e valores dos trens na Bélgica consultando o site da Rail Europe aqui.
Onde dormir em Bruges
Nós não dormimos em Bruges, desta vez, mas ainda assim eu fiz uma pesquisa, pois só decidimos depois, então vou compartilhar aqui algumas opções que achei interessantes, no Booking.com:
B&B Auberge Saint-Sauveur – no coração da cidade medieval de Bruges, a 500 metros da Praça do Mercado e do Campanário de Bruges. Tem quartos familiares com piso de madeira e aquecimento. Uma pérola! Nota 9,3 no Booking.
Hotel Botaniek – Localizado em uma mansão do século XVIII, situado no centro histórico de Bruges, a 50 metros dos pitorescos canais. Tem preços razoáveis e nota 9,2 no Booking.
Hotel Duke’s Pallace Bruges – Opção 5 estrelas para quem tá podendo. No centro histórico em um palácio histórico, uma antiga residência ducal do século XV. Maravilhoso! Nota 9,2 no Booking.
O trem de Bruxelas até Bruges
O trem da ida foi pontual e confortável, mas não tanto quanto o da volta. As cabines eram pequenas e achei os bancos um pouco pequenos. Já o trem do retorno tinha 2 andares e muito espaço. Mas nada que impedisse apreciarmos a viagem. Ainda mais sendo por um pequeno espaço de tempo. A viagem leva menos de uma hora e o trem para em algumas estações no caminho. A cidade de Gent é uma delas e ficou aquela vontade de voltar lá para conhecer Gent.
Assim que chegamos e descemos do trem, procurei o balcão de informações turísticas, que fica no andar térreo, perto da saída da estação. Peguei um mapa da cidade e pedi indicações para ir ao Parque Minnewater, onde começaríamos a visita.
Tem uma Starbucks bem em frente ao balcão de turismo e do lado de fora da estação tem outros restaurantes e cafés, para quem precisa de um reforço antes de começar a turistar. 😉
O que visitar em Bruges
A cidade de Bruges é pequena e dá tranquilamente para visitar os principais pontos de interesse em um dia, caminhando. Lembro que viajamos com duas crianças, de 08 e 12 anos e não tivemos qualquer problema.
Para quem viajar com crianças menores e tiver carrinho, a cidade é bem plana e as calçadas são boas, apesar de em alguns pontos serem bem estreitas (Europa, né gente!).
Vou listar aqui, então, nosso percurso, para referência. Ficamos cerca de 5 horas na cidade e eu considero que foi um bom tempo para conhecer as principais atrações devagar, parando para almoçar uma vez e para descansar, outra.
Atrações
1. Minnewater Park
O parque ao lado da Estação de trens de Bruges é conhecido pelo lago Minnewater, também chamado de Lago do Amor e sua ponte medieval.
Reza a lenda que Minna, uma linda garota que vivia nas proximidades apaixonou-se por Stromberg, um guerreiro da tribo vizinha. No melhor estilo Romeu e Julieta, o pai da moça não aprovava o namoro e tratou de arranjar outro pretendente. Minna não curtiu a história e resolveu fugir, floresta a dentro, correndo tanto que bem na hora que seu amando Stromberg a encontrou, morreu de exaustão em seus braços. O lago próximo a cena recebeu seu nome: Minna e a ponte virou símbolo da tragédia. Dizem que se você cruzar a ponte e beijar sua cara metade, seu amor vai durar para sempre. Na dúvida né, tasca-lhe uma beijoca!
2. Begijnhof
Após cruzar o parque e caminhar em direção ao centro histórico de Bruges, há uma pequena ponte e um portal de 1776, que leva ao Begijnhof, nossa próxima atração.
Beguinas eram beatas, no séc. XIII, que viviam em construções cercadas e, muitas vezes isoladas. As mulheres uniam-se para viverem melhor e mais protegidas, sendo que muitas vezes seus maridos ou pais estavam em guerras e, para ingressar em conventos na época era preciso muito dinheiro, que muitas não tinham.
O Begijnhof é o nome do lugar onde vivem as Beguinas e o de Bruges é, hoje em dia, uma praça cercada por casas brancas e um jardim ao centro, com muitas flores quando visitamos. O lugar é muito silencioso e transmite uma paz incrível.
A igreja em uma das faces do jardim é consagrada à Santa Elizabeth da Hungria.
3. Mariastraat
A próxima atração foi a Mariastraat, a rua que leva até a igreja de Nossa Senhora de Bruges. Acontece que a própria rua merece destaque, porque além de ser muito fofa é repleta de lojinhas e chocolaterias. Aproveitamos para almoçar em um dos restaurantes que encontramos no caminho, o Less is More.
Foi uma ótima escolha. O restaurante é novo, moderninho, com uma pegada saudável e menus bem em conta. Optamos pelos canellonis de ricota e espinafre e Juju comeu almôndegas com purê de batatas.
Veio um PF, de bom tamanho, eu fiquei bem satisfeita. O marido achou pouco…kkk. Mas todos concordamos que estava uma delícia, especialmente o molho.
No caminho passamos em frente ao Museu do Diamante e à fábrica de cervejas Halve Maan, mas não entramos.
Ainda na Mariastraat, entramos no complexo do Hospital Saint John’s, que também abriga o Museu Groeninge, que tem peças de artistas flamencos.
Os jardins internos são públicos e é possível caminhar por lá, sentar e descansar, além de ter uma visão bem interessante da torre da Igreja de Nossa Senhora de Bruges, que fica em frente.
4. Igreja de Nossa Senhora de Bruges
A majestosa torre de 115,5m de altura, feita de tijolos, é a estrutura mais alta da cidade e a segunda torre de tijolos mais alta do mundo. A entrada na igreja é gratuita e ainda está em reformas, depois de alguns anos. Ainda assim é possível pagar o ingresso para ver a obra de Michelângelo, a grande atração da igreja: Madona e o menino Jesus (data estimada de 1505).
5. Canais de Bruges
Junto com as Guilded Houses (as casinhas coloridas com telhados recortados), os canais completam o encantamento de Bruges e dão à cidade aquele ar novelesco, de conto de fadas tão famoso.
Não fizemos o passeio de barquinho, mas quem quiser encontrará várias opções, ali mesmo, no centrinho da cidade.
Mesmo que não seja em um barco, os canais oferecem vistas mágicas para quem percorre as ruelas medievais e atravessa as muitas pontes de pedra e tijolos. Um encanto!
6. Rozenhoedkaai e Belfry
Sendo tão pequena e acolhedora, bom mesmo é perder-se pelas ruas de Bruges quando, de repende, damos de cara com vistas espetaculares como esta. Um dos pontos mais fotografados da cidade.
7. Markt
A famosa praça central de Bruges é O cartão postal da cidade. A torre do campanário (Belfry) se sobressai, imponente, mas a fileira de casinhas coloridas, do outro lado da praça, não ficam atrás. Em um dos lados, o Palácio Provincial e os Correios, chamam a atenção pela arquitetura neogótica.
No centro da praça uma estátua, de Jan Breidel e Piet de Konink, em homenagem aos heróis da revolução de 1302.
Carruagens à serviço dos turistas completam o cenário na Praça mais famosa de Bruges, que fica particularmente encantadora durante a época do Natal, quando fica enfeitada e cheia de mercados.
8. Burg
Burg é a praça onde fica a prefeitura de Bruges, a Stadhuis, e a Basílica do Sangue Sagrado. Por mais de 600 anos o prédio da prefeitura abriga os governantes da cidade. Ao lado, o prédio menor e branco, com detalhes dourados, guarda os arquivos da cidade hoje em dia, mas antigamente era onde funcionavam as cortes de justiça.
A Basílica do Sangue Sagrado guarda uma das relíquias religiosas mais importantes do mundo. Um frasco que, dizem, contem um pedaço de pano com o sangue de Jesus, trazido à Bruges pelo Conde de Flandres, que o recebeu como prêmio após as cruzadas.
A Basílica tem entrada livre, mas para ver a urna que guarda o frasco famoso é preciso pagar 2,5€ e entrar no pequeno museu anexo.
9. Alameda Groenerei
Árvores, canais e pontes entre prédios pequenos e charmosos, restaurantes, cafés e lojinhas completam o passeio, em uma das áreas mais charmosas da cidade, o Canal Verde, ou Groenerei.
10. Gaufres (Waffles), Chocolates e Gostosuras
Nós não curtimos cerveja, então a alternativa foi experimentar os Waffles que na Bélgica (e em Portugal) chamamos de Gaufre, e Chocolates da Bélgica. Aquele sacrifício!
Alguns cafés recomendados:
Vero Caffè – Sint-Jansplein 9
Café e cheescakes.
The Old Chocolate House – Mariastraat 1
Famoso pelos chocolates quentes.
Margritt – Sint-Amandsstraat 30
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