Budva e Sveti Stefan

Claudia Bins

1 semana atrás

No caminho de volta à Albânia, saímos de Kotor depois do café da manhã no nosso delicioso hotel à beira da baía e nosso primeiro destino era Budva, um dos locais mais comentados de Montenegro. A estrada até Budva estava em construção, em alguns trechos, o que tornou a viagem mais lenta do que o esperado. Infelizmente o dia não estava bonito mas, ainda assim, o caminho nos deixou encantadas com a paisagem e a cor do mar. Eu só consigo imaginar um dia de sol…

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Budva

Budva é uma das cidades mais antigas da costa do Adriático, com mais de 2.500 anos de história. Segundo a lenda, foi fundada por Cadmo, príncipe fenício exilado de Tebas, o que a torna uma das localidades urbanas mais antigas da região dos Bálcãs. Durante séculos, a cidade passou por domínios gregos, romanos, bizantinos, venezianos e otomanos, refletidos até hoje em sua arquitetura e cultura.

A Cidade Antiga de Budva (Stari Grad), cercada por muralhas medievais, foi influenciada principalmente pelo estilo veneziano, com ruas estreitas de pedra, pequenas praças, igrejas e edifícios históricos, bem semelhante ao que vimos em Kotor e Perast.

Budva é o coração da chamada “Riviera Montenegrina”, com cerca de 17 praias, incluindo a famosa Slovenska Plaža, Mogren, e Jaz Beach. É um lugar que parece convidar à festas, baladas e diversão na alta temporada, é bom saber disso caso esteja planejando visitar durante os meses quentes de verão.

Como fomos em início de maio, tudo estava bastante tranquilo. Para quem espera praias desertas e paradisíacas, saiba que não é o caso. Budva é uma cidade estruturada, com muitos restaurantes, centros comerciais e hotéis, à beira-mar e com uma parte antiga bem charmosa.

Para visitar a cidade antiga é preciso pagar 4€. Como tínhamos pouco tempo, não visitamos desta vez.

Além da cidade antiga e das praias, uma das principais atrações é a Bailarina de Budva. Esta estátua de bronze está localizada entre Richard beach e Mogren Beach e, segundo a lenda, representa o amor de uma moça por um marinheiro que acabaria por não regressar. Manteve-se fíel, viajava até à costa todos os dias na esperança de testemunhar o seu regresso.

Não almoçamos por lá, mas eu havia pesquisado sobre os restaurantes, então vou deixar aqui para vocês as sugestões:

– Jadran Kod Krsta – Comida tradicional e ambiente descontraído.
– Restaurant & Beach Bar Azzurro – a beira mar em ambiente agradável e bonito, comida italiana.
– Ombra Restaurant – Steakhouse e Comida mediterrânea com excelentes avaliações.
– Dukley Seafront – Comida internacional, ambiente charmoso com vistas para Old Town.

Passamos por Budva e seguimos rumo à Sveti Stefan, para mais um pit stop.

Sveti Stefan

A pitoresca Sveti Stefan começou como uma vila de pescadores no século XV, construída para abrigar 12 famílias para se defenderam dos ataques otomanos. Com o passar dos séculos, a vila manteve seu aspecto medieval, com construções de pedra, vielas estreitas e igrejas ortodoxas. Na década de 1950, o governo iugoslavo transformou a ilha em um hotel de luxo, frequentado por celebridades como Elizabeth Taylor, Sophia Loren e Marilyn Monroe.

Em 2007, o local foi arrendado pelo grupo Aman Resorts, que restaurou completamente a ilha e a reabriu como Aman Sveti Stefan, um dos resorts mais exclusivos da Europa. Atualmente, a ilha é acessível apenas a hóspedes, mas o entorno é público e é considerado o ponto mais fotografado de Montenegro.

Após o pit stop em Sveti Stefan, seguimos de volta à Albânia e tivemos um pequeno perrengue. Aqui o GPSnos enviou pela rota mais curta, a mesma estrada que pegamos na ida. Ocorre que ela estava fechada e nós não sabíamos. Ficamos muito tempo paradas na estrada até que conseguimos a informação que não seria possível passar por ali. Inclusive tentamos outro caminho, mas acabávamos retornando ao mesmo ponto. Perdemos mais de uma hora no vai e vem, até que resolvemos pedir informação a uma moça jovem que estava, pelo jeito, saindo da escola. Ela foi super simpática, só que não falava inglês. Acabou pedindo ajuda ao pai, que indicou por sinais que o seguíssemos. Assim fizemos e quando voltamos à estrada, eles indicaram através do Google Translate o caminho que deveríamos seguir.

Pegamos a estrada rumo à Ulcinj, como indicado, onde paramos para almoçar em um restaurante pequeno local (comida bem boa por sinal) e, depois, seguimos por uma estrada linda entre as montanhas até a fronteira da Albânia.