No final de semana passado (entre 12 e 14 de maio) viajamos até a região de Covilhã, na Serra da Gardunha para colher cerejas, em Portugal! Na verdade nossa ideia inicial era passear entre as cerejeiras em flor, mas quando chegamos lá vimos que o período da floração deste ano já havia passado. Além de colher cerejas, visitamos 6 Aldeias Históricas de Portugal, durante os 3 dias que lá ficamos e neste post contaremos como foi nossa visita às cerejeiras, qual foi nosso roteiro e daremos dicas de hospedagem.
A plantação de cerejeiras foi iniciada na Serra da Gardunha há mais de cem anos cobrindo hoje mais de metade da área da Freguesia de Alcogosta. O microclima deste território permite a produção de cerejas de altíssima qualidade e a produção da fruta lá está calculada em mais de duas mil toneladas entre trinta variedades diferentes.
Além de colher cerejas, nosso roteiro incluiu visitar 6 das 12 Aldeias classificadas como Históricas pelo governo português em 1991, que ficam na mesma região da Serra da Gardunha. Localizadas estrategicamente perto da fronteira espanhola, as Aldeias Históricas de Portugal são fruto do trabalho de diversas gerações de reis que se encarregaram de povoar e fortificar a região, preocupados em defender o território. Envoltas em lendas e milagres, berço de personalidades históricas, a Beira Interior portuguesa foi sendo construída e reconstruída ao longo dos séculos, até que virasse o conjunto preservado que deleita seus visitantes enquanto preserva os valores da história, cultura e patrimônio.
Ficamos hospedados em Fundão, no hotel O Alambique de Ouro, que foi nossa base nos dias que ficamos por lá. Antes de ir eu procurei informações e encontrei a Quinta do Limite, que oferece visita e colheita de cerejas, mediante agendamento, e fica muito perto de Fundão.
A cidade de Fundão fica a 265 km de Lisboa. Para chegar até lá o GPS sugere 3 rotas:
Nós optamos pela rota à direita, atravessando a ponte Vasco da Gama, pelo fato de termos tempo e por ali não pagarmos pedágio. Durante o percurso, passamos por cidadezinhas pitorescas, onde tomamos café e seguimos viagem até Castelo Novo, onde paramos para almoçar e visitar a primeira Aldeia Histórica. De lá, ainda visitamos Alpedrinha, Idanha-a-Velha e Monsanto, antes de seguirmos para Fundão, onde passamos a noite no hotel O Alambique de Ouro.
A visita às Aldeias merece um post próprio, pela riqueza de detalhes que precisam de uma atenção especial, mas deixo aqui um gostinho para aguçar a vontade. 🙂
No sábado pela manhã, depois do café, telefonei à Quinta do Limite (telefone e outras informações no final do post) e Sandrina, a filha dos proprietários e responsável pelas visitas me atendeu, muito simpática. Combinamos a visita para às 15:00 e ela explicou como chegar lá. No website e Facebook da Quinta há indicações com coordenadas GPS, que usamos para nos orientar. Acontece que nosso GPS acabou nos levando para outro local e foi preciso telefonar novamente para que Sandrina ajudasse. Para quem sai de Fundão, é muito simples chegar à Quinta. Siga até a cidade de Peraboa, em direção à Covilhã. Na rotunda com as ovelhinhas, desça em direção a uma pequena capelinha, que fica à direita de quem vem de Peraboa. Siga em frente e em poucos metros você vai ver um pequeno posto de combustível, azul escuro. Dobre à esquerda e suba uma ladeira até encontrar a primeira placa Quinta do Limite. Siga a direção da placa e você vai passar, em seguida, por um riacho e pronto, você chegou. Os portões da propriedade se encontram à esquerda da estradinha. Sandrina vai orientá-los a entrar no segundo portão.
Após uma calorosa recepção, Sandrina nos mostrou a propriedade e explicou sobre a plantação. Havia trabalhadores fazendo a colheita e também aprendemos sobre as diferentes espécies de cerejas ali.
Durante nossa visita à Quinta do Limite aprendemos muitas coisas. Os proprietários são imigrantes franceses que se estabeleceram na região há mais de 30 anos e cedo perceberam a vocação da terra. Aprendemos também que existem 3 micro-regiões com plantações de cerejeiras, e cada uma delas tem um microclima próprio, fazendo com que as frutas floresçam e amadureçam em períodos diferentes. Lá na quinta havia 5 espécies já em frutos, mas com graus de amadurecimento diferentes. Havia também cerejeiras com idades diferentes. As mais antigas, com 30 anos!
Por conta da variação climática é importante telefonar ou enviar e-mail antes de ir visitar. No último final de semana (13 de maio de 2017) as cerejas do Fundão ainda estavam verdes. Mas na Quinta do Limite, que fica mais na região da Cova da Beira, algumas espécies já estavam bem maduras, como mostram as fotografias.
Na cidade de Fundão, perguntamos sobre os passeios para colher cerejas e nos informaram que ainda não estavam prontas para colheita! Percebem a confusão? Realmente lá nos arredores de Fundão, ainda não estavam prontas, mas a poucos quilômetros dali, a realidade era outra!
Na Quinta do Limite o tour pela plantação, colheita, comer à vontade e levar uma caixinha cheia custou 5€ (em maio de 2017). Nós escolhemos levar 2 caixinhas só, mas nós 4 colhemos e comemos à vontade. Então pagamos 10€ a visita, para nós 4 (preço de 2 caixinhas).
Os passeios ocorrem o ano todo, mas somente de maio a junho tem frutos. Entre março e abril acontece a floração, que é linda também e como também dependem do clima, a época exata da visita é variável. Por isso é importante telefonar ou seguir as redes sociais da Quinta do Limite. Gostamos tanto do passeio que ano que vem queremos voltar para ver as cerejeiras em flor!
Em junho tem a Festa da Cereja, na cidade de Fundão, com uma programação bem variada e muitas delícias derivadas da fruta. Nos cafés da cidade é possível experimentar algumas, como os pastéis de natas com cerejas!
Depois do passeio à Quinta ainda deu tempo de visitar Sortelha, a bela Aldeia murada, no alto de uma montanha. No domingo, depois do “pequeno almoço” partimos para a Serra da Gardunha, onde visitamos mais algumas plantações de cerejas que podem ser vistas da estrada mesmo. De lá seguimos caminho para Belmonte, cidade natal de Pedro Álvares Cabral e depois para Piódão, a Aldeia Presépio e a mais pitoresca que visitamos até agora.
Foram 3 dias incríveis, cheios de experiências e lugares fascinantes. Lugares que remetem ao passado, às guerras e conquistas de uma nação que lutou bravamente para defender seu território. Portugal tem se revelado para nós um país muito maior e mais encantador do que imaginávamos. A variedade de paisagens e a quantidade de atrações que encontramos só fazem aumentar o amor que sentimos por essa terra. Amor que só aumenta a cada dia que passa. <3
Quinta do Limite
Telefone: +351 962 968 878
email: quintadolimite@hotmail.com
Facebook:https://www.facebook.com/QuintadoLimite/
Website: https://quintadolimite.wordpress.com/
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Adoro cerejas, fiquei encantada com o passeio!
Lugar lindo, natureza exuberante!
As crianças devem se divertir muito com a colheita.
Elas amaram o passeio, por toda a experiência! Foi realmente uma delícia! Beijos
Claudia
Que maravilha! Imagino o quanto as meninas não se divertiram!
Aqui amamos cerejas e com certeza iriamos comer metade da produção hahahaha
Hahaha mais ou menos isso Simone! 🙂
Clau
Ai que saudade das cerejas portuguesas que comi do pé.
Bom demais não é Aline, estamos nos fartando agora que é época!
Clau
[…] Colhendo cerejas em Portugal […]
Também estive na região em 2011. Estávamos de passagem, quando vimos anunciada a Festa da Cereja em Alcongosta. Fomos visitar, e comer cereja no pé, claro! São tantas cerejeiras pelo caminho que minha mãe ficou doida! Toda hora que podia “assaltava” qualquer pé no caminho. Durante a festa, fizemos uma foto muito interessante com umas senhoras portuguesas que fizeram questão de explicar que era necessário fazer uma pose com um brinco de cerejas. Pegaram duas cerejas presas por um cabinho em V e penduraram na minha orelha. Pra dar sorte, e voltar, disseram. Muito simpáticas! Também fiquei no mesmo hotel de decoração duvidosa, o Alambique de Ouro. Estou lendo o seu blog aos poucos e me informando pois pretendo voltar pra passar 15 dias em Lisboa este ano, em visita de “prospecção” para o futuro. Se Deus quiser, quando meu marido também aposentar, consideraremos a possibilidade de morar por lá. Já tirei minha cidadania pensando nisso. Enquanto isso, vamos passeando virtualmente pelo blog. Obrigada!
OI Cris,
Que amor essa tradição do brinco de cereja, não conhecia! kkkk Adorei! Boa sorte para vocês! Segue a gente no Instagram que está cheio de dicas também. @as_passeadeiras.
Beijo,
Clau