Dezembro de 2021, exatos 5 anos depois que viajamos pela primeira vez à Portugal (em família), finalmente fomos passar um final de semana na Serra da Estrela.
Há muito tempo eu queria conhecer, mas um misto de receio (trauma das estradas de Piódão) com falta de oportunidade, acabou adiando o sonho. Mas finalmente chegou a hora e, no post de hoje, eu conto pra vocês como foi nossa viagem.
Final de semana na Serra da Estrela
Saímos na sexta-feira ao meio-dia de Cascais e retornamos no domingo. Foi pouco tempo mas deu para ter uma bela ideia do quão incrível é este destino.
Onde se hospedar
Procurei muito um local que fosse do nosso agrado. Existem muitos hotéis e alojamentos locais de qualidade na região, mas em plena pandemia eu queria algo confortável e seguro, principalmente de acordo com os critérios do meu marido (!).
Escolhemos então a Casa das Tílias, em Seia, e não poderia ter sido melhor. O hotel merece um post inteiro (a caminho), mas adianto que ficamos em uma cabana com lareira e aquecimento, mini cozinha e dois quartos. Total privacidade e conforto, localizada no quintal de um palacete bicentenário, onde tomamos o café da manhã. Ah, isso a 20 mins da Torre! 🙂
Optamos por jantar na cabana, para evitar sair a noite, com frio, com as meninas e foi ótimo! Na primeira noite fiz sopa de capeletti e na segunda noite fizemos fondue de queijo e frutas. Ah, e assamos marshmellows na lareira, de sobremesa.
Onde ir – Dia 01
A viagem até Seia levou 3 horas, chegamos por volta das 17h e ficamos no hotel, curtindo muito. No outro dia de manhã chovia bastante, mas mesmo assim resolvemos sair depois do café da manhã.
Nosso trajetos:
- – Cabeça (Aldeia Natal)
- – Torre da Serra da Estrela
- – Seia
Infelizmente a Aldeia ainda não estava enfeitada para o Natal (vi depois que a decoração famosa estaria pronta uma semana depois) e chovia tanto, com tanta neblina que ficou inviável de subir à Torre.
Voltamos à Seia então, onde fomos visitar o Museu do Pão e acabamos almoçando por lá (super recomendo).
Lugares para visitar em Seia:
- – Museu do Pão
- – Muralhas do Castelo de Seia
- – Museu do Brinquedo
- – Praça da República
- – Casa das Obras
- – Pelorinho de Seia
- – Lagoa comprida
- – Mata do desterro
- – Aldeias de Seia:
- Cabeça
- Loriga
- Sabugueiro
- No verão, as Praias fluviais:
- Praia Fluvial do Alvoco da Serra
- Praia Fluvial do Doutor Pedro
- Praia Fluvial da Lapa dos Dinheiros
- Praia Fluvial de Loriga
- Praia Fluvial do Poço das Brocas
- Praia Fluvial do Sabugueiro
- Praia Fluvial de Vila Cova à Coelheira
Museu do Pão
Depois do almoço o tempo melhorou, abriu até sol, então resolvemos subir novamente até a Torre.
O visual é impressionante, a estrada é muito boa e me senti segura. Ao longo do percurso encontramso diferentes paisagens dignas de fotos. Só não havia neve… 🙁
Com o tanto de chuva que caiu não era de se espantar. O pouco de neve que havia lá no topo tinha se transformado em gelo. Ainda assim valeu o passeio e deixou aquele gostinho de quero mais. Precisamos voltar para ver neve de verdade!
Torre
- Túnel da Serra da Estrela
- Nossa Senhora da Boa Estrela.
- Torre
Torre é o nome do local que simboliza o ponto mais alto de Portugal Continental. Há 1993 metros de altitude foi edificada a Torre de 7 metros de altura que a,legadamente, completa os 2000 metros de altura da Serra da Estrela.
Reza a lenda que o rei D. João VI teria no início do século XIX mandado construir um monumento em pedra, de modo a completar a altitude até chegar aos 2000 metros.
No local há um restaurante e lojas com produtos típicos da região, a Estância de Esqui Vodafone e um miradouro espetacular.
Nossa Senhora da Boa Estrela
Trata-se de uma imagem esculpida na rocha, representando Nossa Senhora da Boa Estrela, santa protetora dos pastores. A estátua de 7 metros fica situada no Covão do Boi, foi esculpida em baixo-relevo pelo Padre António Duarte e inaugurada em 1946.
Conheça a lenda do Pastor da Serra da Estrela:
“Era uma vez um pastor, que vivia com o seu rebanho numa alta serra no Centro de Portugal. A sua companhia era a natureza e os animais, e fazia da solidão a sua amiga, tal como todos os pastores. Já há muito que tinha trocado a aldeia pelos prados grandes e altos, onde sempre se tinha sentido melhor. Durante o dia, o pastor corria e brincava com os animais.
Quando se sentia cansado, sentava-se e observava a paisagem, num cenário que mudava a cada estação do ano. Já conhecia bem cada som e cada cheiro da serra que era sua.
À noite, com o rebanho recolhido, ainda lhe sobrava tempo de falar de tudo o que lhe apetecia com a sua maior amiga, uma grande estrela, que se erguia imponente e luminosa, bem acima do alto da serra, rodeada por milhares de outras mais pequenas.
Esta estrela era a sua grande confidente e ouvia tudo sem nunca se aborrecer. O pobre pastor procurava sempre aqueles momentos mágicos à noite, onde encontrava paz e entusiasmo para recomeçar um novo dia.
Ora, certa vez, chegou aos ouvidos do rei que nas suas terras havia um pastor que falava com as estrelas. Por curiosidade (ou quem sabe, inveja), mandou chamar o pastor à sua presença, propondo-lhe que trocasse a sua estrela por uma grande riqueza.
Mas o pastor disse que não trocaria a sua amiga por riqueza alguma deste mundo ou do outro, e que preferia ser pobre, mas continuar feliz. O rei ficou desapontado, mas acabou por compreender as suas razões, e mandou-o embora em paz.
Assim que o pastor chegou à sua cabana, no alto da serra, e mal anoiteceu, foi ter com a sua amiga estrela. Desta vez, no entanto, foi ela a confessar os seus receios.
Cantando uma doce melodia, a estrela disse que, por momentos, pensou que o pastor a tivesse trocado pelo dinheiro do poderoso rei. Mas o pastor sossegou-a e disse-lhe que a sua amizade era a mais preciosa das coisas.
Em alta e profética voz, deu o seu nome àquela que era também a sua serra: a Serra da Estrela. Ainda hoje se diz que, na serra, uma estrela diferente das outras brilha à procura do seu pastor.”
Voltamos à Seia com o coração cheio de paisagens lindas, direto para o hotel. Fizemos nosso fondue e curtimos muito nossa cabaninha quentinha e confortável.
Onde ir – Dia 02
Destinos:
- – Penhas Douradas
- – Casa da Fraga
- – Miradouro do Fragão do Corvo
- – Manteigas
- – Covilhã
Acordamos tarde e, depois do café da manhã e do check out partimos em direção à Manteigas, com um pit stop em Penhas Douradas.
De lá seguimos para Manteigas. Pensa numa cidadezinha linda! A estrada até lá é incrívelmente linda, foi uma curtição só e ao chegar em Manteigas nos deparamos com um hotel espetacular que já entrou na minha lista de desejos: Casa de São Lourenço. Fiquei só sonhando com aquela vista…
A estrada até o centrinho de Manteigas parece saída de um filme. As cores do outono ainda estavam lá, mas eu fiquei só imaginando como deve ser durante o auge do outono… que lindeza!
Manteigas é uma cidadezinha muito simpática, localizada em um vale, no meio das montanhas. A cidade em si, é bonita, mas a grande atração é o Vale Glaciar do Zêzere, onde fica inserida.
A paisagem é delumbrante, árida, dura, mas de uma beleza ímpar. Parece que estamos em um filme ou em um outro planeta.
Terra de Transumância, nos sentimos transportados para a idade média.
Lugares para visitar em Manteigas:
- Termas de Manteiga
- Nascente Termal da Fonte Santa
- Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere
- Viveiros de Trutas
- Rota das Faias (no outono)
- Covão d’Ametade
- Poço do Inferno (Cascata)
- Fonte Paulo Luís Martins (Cascata)
Chegamos à Covilhã e fomos almoçar. Escolhemos o restaurante do hotel Puralã – Woll Valey Hotel. O restaurante do hotel é aberto ao público e muito agradável. Funciona com 2 opções: Buffet e a la carte, você pode escolher. Optamos pelo Buffet (18€ por pessoa), com 2 opções de pratos quentes, saladas e sobremesas. Sem bebidas incluídas.
Nós já havíamos visitado Covilhã em outras ocasiões, bem como as aldeias históricas da região, então depois de um almocinho bem curtido, pegamos a estrada para voltar à Cascais.
Caso você queira ficar mais tempo e conhecer Covilhã e arredores, nossas sugestões são:
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Em Covilhã:
- – Centro Histórico
- – Museu do Lanifício
- – Museu do queijo
- – Portas do Sol
- – Centro interpretativo da cereja
- – Vila do Paul
Na primavera a região fica florida com as cerejas e, no verão, é época da colheita, no Fundão, a poucos quilômetros da Covilhã.
Enfim, uma região rica em atrações o ano inteiro.
Claro que nem preciso dizer que um final de semana foi muito pouco e que saímos de lá com vontade de voltar. Para mim serviu muito, por desmistificar as estradas (eu imaginava penhascos, estradas pequenas sem acostamento ou proteção), mas não foi o que encontramos. Me senti segura o tempo todo! Amei nosso passeio!
Espero ter ajudado com informações úteis a quem deseja passar um final de semana na Serra da Estrela ou até mesmo mais tempo por lá. De qualquer forma, deixe sua pergunta o comentário que terei prazer em responder.
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Olá Claudia! Estou me preparando e tomando coragem para ir a Serra em janeiro mas confesso estar morrendo de medo de dirigir para chegar até as aldeias. Até que li seu post e me acalmou um pouquinho. Posso ir com muita coragem mas segura, né? beijos!
Adriana, eu sou super medrosa em estradas, mas lá achei bem tranquilo! Vai feliz!
😉