Existem muitas aldeias históricas em Portugal. Verdadeiras pérolas que permitem aos visitantes um mergulho no que há de mais autêntico nessa terra abençoada por belezas naturais e também feitas pelos homens há milênios.
‘Aldeias Rurais’, ‘Aldeias Autênticas’, ‘Aldeias-Monumento’, ‘Aldeias Ribeirinhas’, ‘Aldeias em Áreas Protegidas’, ‘Aldeias Remotas’e ‘Aldeias de Mar’.
Ano passado (2017) as finalistas se dividiram assim e, pelo número de candidatos já dá para ter uma ideia da quantidade dessas pérolas existentes no país : O centro foi a região com maior número de candidaturas, com 159 aldeias (como Sortelha, Talasnal, Zaboeira ou Serpins). O norte contou com 79 aldeias apuradas para o concurso (casos de Castro Laboreiro, Montesinho ou Lamas de Ôlo), o Alentejo 37, os Açores 23, o Algarve 16, a Madeira 11 (como Curral das Freiras ou Vila Porto de Moniz) e a região envolvente de Lisboa 7 (Azenhas do Mar ou Lagoa de Albufeira são alguns exemplos).
A escolha se fez por votação pública e as vencedoras (em 2017) foram as seguintes, dentre as 49 finalistas:
Dornes (Aldeias Ribeirinhas),
Sistelo (Aldeias Rurais),
Fajã dos Cubres (Aldeias de Mar),
Piódão (Aldeias Remotas),
Castelo Rodrigo (Aldeias Autênticas),
Monsaraz (Aldeias Monumento)
e Rio de Onor (Aldeias em Áreas Protegidas)
No post de hoje eu conto um roteiro que fizemos em um feriado de 3 dias, quando visitamos a região da Beira Interior, onde ficam localizadas algumas das belas aldeias históricas de Portugal, 2 delas, inclusive, listadas como vencedoras aí em cima!
Roteiro 7 Aldeias históricas de Portugal
Para nosso passeio nos hospedamos em Fundão, perto da Serra da Gardunha, onde fomos colher cerejas em uma Quinta aberta à visitação. Foi uma experiência fantástica, que conto no post abaixo. A seguir, conto sobre as aldeias que visitamos:
1. Castelo Novo
Primeira parada depois de sair de Cascais. Optamos pelo trajeto sem pedágio e foi excelente. A estrada é ótima e a viagem seguiu sem percalços. Chegamos bem a tempo de almoçar no excelente restaurante O Lagarto, logo na entrada da cidade. Além de um almoço maravilhoso, bem em frente ao restaurante tem um local ótimo para deixar o carro estacionado enquanto visitamos a charmosa Aldeia.
A área da Aldeia foi uma das tantas que foram doadas pelos Reis portugueses à Ordem dos Cavaleiros Templários, (mais tarde, Ordem de Cristo), para fixarem o território conquistado aos mouros, no séc. XIII e podemos ver no Castelo imponente, na parte mais alta da Aldeia, a vocação de fortaleza que existiu no passado.
Como é característica dos povoados medievais, as ruas em labirinto, com quarteirões irregulares, recantos e fachadas desalinhadas são encontradas em profusão na Aldeia.
O que visitar:
Além do Castelo, a antiga Casa da Câmara/Paço do Conselho, Cabeço da Forca, a Calçada Romana, as capelas de Santa Ana, de Santo Antônio e do Senhor da Misericórdia, o Chafariz de D. João V, o Cruzeiro, o Lagar de Vinho (do século VII e VIII d.C.) e o Pelourinho, local onde eram lidas as sentenças, aplicados os castigos e feita a exposição dos criminosos em praça pública.
Onde comer:
Restaurante o Lagarto, logo na entrada da Aldeia
Onde se hospedar:
Quinta do Ervedal (para dupla/casal)
Carvalhal Redondo Farm House (para dupla/casal)
Cerca Design House (para família)
2. Alpedrinha
Com ocupação tão remota quanto a pré-história. Alpedrinha é tão pequenina quanto charmosa e tem em sua história um personagem que teve papel importante no Tratado de Tordesilhas: D. Jorge da Costa, ou Cardeal de Alpedrinha e foi também citada por Eça de Queiroz em seu livro.
O que visitar:
Caminhar pelas ruas estreitas e sinuosas, apreciando as varandas e janelas floridas, visitar alguma das tantas igrejas e capelas, como a Matriz e da Misericórdia (século XVII), as Capelas de São Sebastião, de Santo António, do Espírito Santo, de Santa Catarina, do Menino Deus ou a do Senhor da Oliveira.
Visitar o chafariz do Espírito Santo, e o do de D. João V, a Fonte do Leão ou o Chafariz novo. O Palácio do Picadeiro e sua imponente varanda é visita obrigatória, depois de subir a calçada romana.
Onde se hospedar:
Convento do Seixo Boutique Hotel & Spa – bom para casal/dupla
Hotel Príncipe da Beira – bom para família
Alambique de Ouro Hotel & Resort – bom para família
3. Idanha-a-Velha
A Aldeia fica onde antes existia a cidade romana capital da Civitas Igaeditanorum (Séc. I) e, apesar de tão antiga, hoje parece um cenário de filme. Conheceu o ápice em 599, quando foi sede de diocese e centro de cunhagem de moedas de ouro. Foi, mais tarde ocupada pelos mouros até que foi retomada por D. Afonso III, rei de Leão, antes de ser entregue aos Templários por D. Afonso Henriques.
O que visitar:
Mais uma vez, o legal é passear devagar pela cidade. Assim que chegar vai encontrar um café, com velhinhos sentados a conversar. Cena típica que encontramos por todo o país. Visite o Baptistério e ruínas anexas do “Palácio dos Bispos” e a designada “Sé Catedral”, O pelourinho (1510), Ponte de origem Romana, Porta Norte (final do Séc. II), os Palheiros de S. Dâmaso (na verdade, uma Oficina de Arqueologia por onde passa um pedaço de muralha com uma torre semicircular). Não deixe de observar as portas com cortinas e o olival do lado de fora das muralhas.
Onde se hospedar:
Puralã Wool Valley Hotel – bom para família e casal
Casa com História – bom para família e casal
Luna Hotel dos Carquejais – bom para família
Onde Comer:
Restaurante Nosso Senhora do Almortao
4. Monsanto
Se eu tivesse que escolher uma só aldeia para visitar, seria Monsanto. Foi paixão avassaladora, à primeira vista. Desde que a vi, lá da estrada, enquanto o carro se aproximava e era difícil distinguir a silhueta da montanha com a do castelo em seu topo, meu coração bateu mais forte.
Subimos a encosta escarpada, com aquelas pedras gigantes por todos os lados. Foi de tirar o fôlego. Subios o máximo que conseguimos, até encontrar um lugar para deixar o carro. De lá seguimos caminhando, sempre montanha acima, percorrendo as ruelas pedregosas e floridas, onde a cada curva havia um miradouro na espreita, só esperando para ser apreciado.
Monsanto tem o titulo de Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, desde 1938 e seu ponto mais elevado fica a 758m de altitude, onde os templários construíram o castelo.
Trata-se de um local muito antigo, onde se regista a presença humana desde o período paleolítico. Foi ocupado pelos Romanos e, mais tarde, pelos Mouros que perderam seu domínio para D. Afonso Henriques que, em 1165 passou o território aos Cavaleiros Templários. No século XIX, houve um terrível acidente que destruiu o castelo pela explosão acidental do paiol de munições.
O que visitar:
Suba até o cimo para visitar as muralhas e o Castelo e as ruínas da Capela de S. Miguel (séc. XII), e a Capela de Santa Maria do Castelo. Passeie pela cidade e repare nas tavernas e fachadas pedregosas e floridas, além das casas com paredes ou tetos de rocha pura. Algumas são residências de temporada, que você pode alugar para ter uma experiência ainda mais genuína.
Não deixe de visitar o miradouro, onde poderá descansar enquanto aprecia a vista majestosa.
Onde se hospedar:
Que tal uma experiência inesquecível em um dos Glampings mais charmosos de Portugal?
Natura Glamping – Para casal e famílias+
Monsanto GeoHotel e Escola – Para casal
Casa Pires Mateus – Para casal e famílias com 3 pessoas
Onde Comer:
Adega Típica O Cruzeiro
Taverna Lusitana
Petiscos e Granitos
5. Belmonte
A Aldeia de Belmonte é a terra natal de Pedro Álvares Cabral, o navegador que descobriu oficialmente o Brasil. Seu pai era alcaide na cidade, que registra presença humana desde a pré-história. Localizada na Cova da Beira, em uma região alta, tem forte presença judaica e por toda a cidade percebe-se esta influência. Estacione perto do castelo e, depois de visitá-lo, percorra a cidade devagar, pois há muito à descobrir.
O que visitar:
O Castelo de Belmonte, a Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais onde estão as cinzas de Pedro Álvares Cabral, as Capelas de Santo António e do Calvário, os antigos Paços do Conselho, o Museu dos Descobrimentos, Estátua de Pedro Álvares Cabral e o Museu Judaico.
Onde comer:
Restaurante da Pousada Covento de Belmonte
Onde dormir:
Pousada de Belmonte – Família
Quinta da Ribeira – Casal e família
Altitude House – Casal
6. Sortelha
Uma das mais antigas e belas aldeias portuguesas, tem seu castelo como monumento nacional desde 1910. Mais uma vez, passear pela aldeia e apreciar as construções medievais, visitar o antigo castelo, com entrada gratuita e tomar uma café na Casa do Forno é o melhor a fazer na pequena cidade.
O que visitar:
O Castelo de Sortelha, o Pelourinho de Sortelha, que foi mandado construir em 1510, por D. Manuel, a Casa da Câmara e Cadeia, as Fontes de Sortelha, as Sepulturas Antropomórficas (escavadas diretamente na pedra), a Cabeça da Velha e as Pedras do Beijo Eterno.
Onde comer:
Bar Campanário
Onde dormir:
Cró Hotel Rural e Termal SPA – Família
Carya Tallaya – Casas de Campo – Família
Casas da Lagariça – Família
7. Piódão
Localizada na Serra do Açôr e chamada de Aldeia Presépio, a pequena Aldeia de Piódão parece saíde de um livro de contos, ou de um filme. Suas casas e ruas, feitas de Xisto, as janelas azuis e a igreja branca nos transportam a um outro tempo, uma outra forma de viver. Ali o tempo passa mais devagar e as montanhas que a envolvem nos fazem lembrar o quão pequeninos somos neste vasto universo. Visitar Piódão mexe com a nossa alma.
O que visitar:
No caminho para Piódão, visite Foz D´Égua e a praia fluvial de Piódão. Uma vez na cidade, caminhe por entre as ruelas, perca-se no pequeno labirinto de Xisto e aprecie a paisagem em torno. Visite a pequena igreja Matriz e tome um café, fazendo de conta que é um local.
Onde dormir:
Casa da Padaria – Casal e Família
INATEL Piódão – Casal e Família
InXisto Lodges – Casal e Família
Onde comer:
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Adorei esse seu roteiro.
Vc disse que foram 3 dias de viajem, como vc fez a divisão das paragens? Quais cidades vcs fizeram pernoite?
Bjos!
Assim que chegamos visitamos Castelo NOvo, ficamos hospedados em Fundão, fizemos as Aldeias ali perto e as últimas foram Belmonte e Piódão. Eu coloco no Google Maps e fica fácil ver o melhor percurso. Inclusive tem o mapa no post, que vc deve ter visto. 😉
Abraço,
Clau