Nossa série Como é Morar em Portugal traz hoje para vocês a experiência da Sherlen, que conta como é morar em Póvoa de Varzim, no norte de Portugal.
Obrigada Sherlen, por compartilhar aqui sua experiência e enriquecer de informações nossos leitores, que sempre buscam novidades. Todas as fotos são de autoria de Sherlen Minas, enviadas por ela ou através do seu Instagram @escrevendo_me.
Como é morar em Póvoa de Varzim
Por Sherlen Minas
Olá, me chamo Sherlen, tenho 33 anos recém cumpridos, e, como dizem que trinta e três – a idade de Cristo – é a idade dos grandes acontecimentos, estou ansiosa por este ciclo que começou!
Tenho três filhos: Mateus, de 12 anos, que vive no Brasil, Helena, minha menina (super ultra mega plus furacão) de 2 anos e meio e Rafael, o caçulinha – e último, por favor! – de 6 meses. Sou administradora por formação e, recentemente, fotógrafa e, pasmem, escritora! Meu perfil pessoal no instagram (onde escrevo grande parte dos meus textos, dentre crônicas, poesias e prosas, chama-se @escrevendo_me. Mas, vamos ao que interessa.
Como é morar na Póvoa de Varzim, para quem ainda não conhece, pertencente ao Distrito (Estado) do Porto.
Mas antes, farei um breve resumo de como viemos parar aqui.
Chegamos na Europa, há quase quatro anos. Fomos morar na Espanha. Foi a primeira vez que eu visitava este continente, era primavera e eu estava ex-tre-ma-men-te empolgada! Viemos eu, meu marido e a nossa ‘espanholita’, no forninho. De lá pra cá muita coisa aconteceu e meu marido mudou de emprego, que é onde trabalhamos (nós dois) atualmente. A sede empresa se localiza em Valência e em junho deste ano eles nos transferiram para Portugal.
Inicialmente pensávamos em morar em Lisboa ou arredores. Mas, o custo de vida ali está muito, muito alto, principalmente tratando-se dos aluguéis que é onde vai grande parte da renda de uma família. Além dos altos preços a demanda está maior que a oferta então está bem difícil encontrar imóvel por ali, quando encontra-se fazem mil exigências (já nos aconteceu de pedirem – pasmem – 12 meses de aluguel adiantado) e muitas das vezes os anunciantes sequer atendem o telefone ou respondem aos e-mails. Vale por isso, prevenir-se, independente da cidade que pretendem viver e, se possível, vir a Portugal antes e tentar reservar um apartamento, para depois vir com a família.
Logo após desistirmos de Lisboa, encontramos um apartamento na cidade de Setúbal. A cidade é bonita, tem as praias mais lindas que eu conheci na Europa até então e até tem uma boa estrutura. Mas, eu não me adaptei. Não sei dizer bem o porquê. Achei o Centro de Saúde público com um atendimento “ruim” e criei um pouco de birra, creio eu. E então estávamos afim de mudar. Conhecer outras cidades e eliminar a primeira impressão ruim que tivemos, comparada ao que vivemos anteriormente na Espanha. Como grande parte do nosso trabalho é remoto, ou seja, não precisamos estar num escritório o dia inteiro, não importava muito a cidade que iríamos. E isso já é um fator a menos a se analisar ao procurar uma cidade para viver.
Após muita busca, em sites de imobiliárias, sites de aluguéis em geral (olx, idealista, casa sapo…) com conhecidos, em grupos de facebook, encontramos um apartamento (que nos permitia alugar por curta temporada, já que não conhecíamos a cidade) em Póvoa de Varzim, uma cidade costeira, que fica há 34km da cidade do Porto. Pensamos que assim, alugando algo por temporada (somente dois meses) teríamos tempo e condições melhores de conhecer o Norte de Portugal para buscar algo definitivo.
Chegamos na cidade e foi paixão à primeira vista. A arquitetura nos pareceu um encanto e o nosso apartamento ficava há uma quadra da praia. Já dizia Jorge Amado: “É doce morrer no mar…” e eu, capixaba de sangue e coração, acrescentaria: é doce VIVER no mar.
Os dias foram passando e fomos nos encantando cada vez mais com a cidade.
Cautiva das letras que sou, na principal praça da cidade há uma estátua em homenagem à Eça de Queiroz, grande romancista português.
As igrejas são todas lindas e o mar… ah, o mar. Nem preciso dizer.
Atualmente vivo na Avenida Mouzinho de Albuquerque, que dizem ser uma das principais ruas da cidade. Perto de casa há vários supermercados (grandes marcas como Pingo Doce, Continente e Mini Preço), farmácias, lojas de maneira geral, escolas e creches (públicas e privadas – onde foi extremamente mais fácil e barato matricular a minha bebê, comparado a Setúbal), diversas praças e parquinhos (para quem tem crianças isso é fundamental, não?), o Cine-Teatro Garret de extrema importância sócio-cultural para a cidade, museus, Centro de Saúde e o Hospital (Santa Casa). Há ainda a famosa Rua da Junqueira, uma rua de comércio tradicional aqui no Centro da Póvoa, onde há lojas centenárias.
Há 800m de casa está a parada de metrô de Póvoa, que é a última da linha vermelha e tem conexão direta com diversas paradas no Centro do Porto, além do aeroporto e o famoso Outlet de Vila do Conde.
Não sei dizer com precisão se é boa a oferta de empregos. Entretanto, na minha rua mesmo vi recentemente placas de ofertas em Imobiliárias, confeitaria e loja de roupa. Acredito que, por ser uma cidade costeira, tenha bastante oferta de empregos temporários no verão.
Algumas curiosidades interessantes sobre a cidade é que atualmente é considerada a praia Balnear mais popular do Norte de Portugal e uma das poucas zonas de jogo legal no país– o Casino é imenso! Além disso, para os amantes de vinhos, em Póvoa existe o cultivo através do sistema de masseira. Uma forma de agricultura secular, que consiste em fazer covas grandes, retangulares nas dunas. Impressionante, não?!
Eu sou suspeita pois em menos de quinze dias já estava apaixonada. E outro aspecto que, para mim, foi fundamental é: praticamente NÃO existem ladeiras. Se comparado à outras cidades de Portugal como Lisboa e Porto – e até Setúbal onde morei – isso é raro! E como eu gosto de andar muito a pé e tenho um carrinho de bebês duplo, as ladeiras são sempre um empecilho. Além do fato das ruas serem cidadãs ou acessíveis.
E, bemmm importante também, aqui já fiz até amizades! As pessoas são muito mais educadas e amáveis. Estilo cidadezinha do interior mesmo.
Bom, espero que tenha ajudado e que sintam vontade de conhecer a Póvoa e, talvez, se apaixonem por ela tanto quanto eu. No meu perfil do instagram, citado acima, há mais informações e curiosidades sobre a Póvoa, pelos meus olhos.
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Cara Claudia,
Fiquei encantado com a sua narrativa. Conheci um pouco de Lisboa, quando estava viajando em 1965 rumo à Suécia, onde fiz pós-graduação.
Gostaria de viver em Portugal algum dia.
Desejo-lhe e à sua família uma temporada maravilhosa na Europa.
Abraços,
Prof. Iran Machado
Obrigada Iran!
ESTOU TIRANDO VISTO D7 DE APOSENTADO(REFORMADO) E PRETENDO ARRENDAR UM T2 COM 80M2 DE AU, FRENTE AO MAR, PROXMO DO PORTO. QUAL PRAIA E IMOBUILIARA VOCE SUGERE
Fernando, não conheço bem essa região de Póvoa do Varzim, moro em Cascais 😉