Viajei à Malta com minhas amigas, em março de 2024, e contei informações gerais e o resumo do roteiro completo da viagem neste post aqui. Só para lembrar, estive em Malta pela primeira vez acompanhada da família, em fevereiro de 2020. No post de hoje eu vou contar os detalhes do terceiro dia de passeios por lá, quando visitamos a capital, Valleta. Malta dia 03 o que visitar, onde comer, curiosidades e informações relevantes a quem vai também e quer organizar sua viagem.
Leia aqui o post da nossa primeira viagem à Malta em 2020
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Malta Dia 03 o que visitar
Roteiro do terceiro dia:
- – Valleta, a capital de Malta. Passamos o dia todo lá, percorrendo seus 0,8km2 andando e curtindo a menor capital da Europa.
- – Jantar no Aqualuna Malta, de volta à Sliema.
Valleta
A capital de Malta foi fundada em 1566 pelo Grão-Mestre dos Cavaleiros de Malta, Jean de la Valette, após o Grande Cerco de Malta. A cidade foi construída sobre uma península rochosa e foi projetada como uma fortaleza. Serviu como capital dos Cavaleiros de Malta até 1798, quando a ilha foi ocupada por Napoleão Bonaparte.
Valletta é um importante centro cultural e administrativo de Malta, abriga o Parlamento, o Palácio do Grão-Mestre e a Catedral de São João, que é considerada uma das mais belas igrejas da Europa. Curiosidades sobre Valletta incluem o fato de que a cidade é uma das capitais mais pequenas e densamente povoadas do mundo, além de ser listada como Patrimônio Mundial pela UNESCO devido à sua arquitetura única e valor histórico.
Devido a sua geografia peculiar, Valleta pode ser percorrida em um dia, caminhando mesmo. Tem ruas estreitas e colinas íngremes, que pedem calçados confortáveis e boa disposição. A boa notícia é que, além de vistas lindas, a capital é recheada de ruelas charmosas, bares, cafés e restaurantes. Então, quando cansar, é só escolher um deles, sentar e apreciar o entorno. Sendo uma península, bastam poucas quadras para chegar até o mar.
Como ir
Na primeira viagem à Malta, em 2020, fomos de carro e desta vez optamos pelo Ferry Boat. Existem alguns estacionamentos perto das portas de Valleta, mas são pequenos e facilmente ficam lotados. Em 2020 custava 3€ o dia todo (Floriana Parking).
Existem várias linhas de Ferry, saindo de diferentes locais da ilha. No nosso caso, estando em Sliema, o trajeto levou exatos 15 minutos. Rápido, prático e confortável.
Algumas informações práticas:
- – O ticket ida e volta custa 3,80€ (adultos).
- – Sai a cada 15 minutos.
- – Compra-se na hora, em frente ao local onde o Ferry chega/parte, na baía de Sliema. Chegue cedo por que a fila fica bem grande.
- – O rapaz que atende e vende os bilhetes chega com o Ferry, portanto não estranhe quando chegar lá e não tiver ninguém atendendo.
- – Pagamento somente com dinheiro.
- – Guarde o bilhete pois vai ser preciso apresentar na volta.
- – O Ferry não é muito grande, mas tem lugar dentro e também fora. Na volta fazia frio e tinha uma chuvinha fina, então fomos em cima e voltamos dentro.
- – Para encontrar o ponto exato de onde pegar o Ferry é só por no Google Maps Sliema Ferry.
- – O Ferry chega no terminal de Marsamxett, o desembarque é bem simples e rápido.
- – Há um Shuttle (microonibus) que faz a ligação entre este terminal e o outro, que leva até as Três Cidades, gratuitamente, para quem tem o bilhete do Ferry. Você pode aproveitar e ir de Shuttle se não quiser caminhar ladeira acima até o centro de Valleta.
- – Se preferir caminhar, é uma ladeira íngreme no início, mas foi bem tranquilo.
O que visitar
Independentemente de onde você chega, sugiro ir até as Portas da Cidade para iniciar sua visita, uma vez lá, vá até a Fonte Tritão, o marco da entrada da cidade. Imagine Valleta como uma ilha, cujas laterais ficam no nível do mar e cujo centro fica em um platô elevado.
- 1. Fonte dos Tritões: (Il-Funtana tat-Tritoni) Localizada fora do portão da cidade de Valletta, na mesma praça onde se encontra o escritório de turismo de Malta e a principal parada de ônibus (autocarros). Consiste em três Tritons de bronze que sustentam uma grande bacia, concebida pelo escultor Chevalier Vincent Apap e seu desenhista colaborador Victor Anastasi e remodelada em 2017.
- 2. Portas da Cidade: Estando localizada dentro de uma fortaleza, as Portas da Cidade são o principal acesso por via terrestre à capital. Vale a pena observar as muralhas e o fosso medieval característico da época. Uma vez que atravesse a entrada, chega até a rua principal de Valleta, a Avenida da República (Triq Ir Repubblika), com diversas atrações, lojas e restaurantes.
- 3. Parlamento de Malta: o moderno prédio à direita foi construído em 2011 e fez parte da obra de reabilitação da antiga Opera House, ao lado. Depois de inugurado o Parlamento de Malta mudou-se para o novo edifício e deixou o Palácio do Grão-Mestre, que ocupava desde 1921. O local atualmente ocupado pelo Parlamento continha originalmente casas e, mais tarde, a Estação Valletta da Ferrovia de Malta. A área foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial, e a estação e os edifícios circundantes foram demolidos na década de 1960 como parte de um projeto para reconstruir a entrada de Valletta. A área foi convertida em um espaço aberto conhecido como Praça da Liberdade (maltês: Misraħ il-Ħelsien). Uma curiosidade: reparem nos desenhos das pedras da fachada, cujo revestimento pretendia representar favos de mel, já que o nome de Malta deriva de Melite, que significa mel.
- 4. Royal Opera House: Apesar de parecer uma ruína grega (ou romana), o atual teatro da Ópera de Malta foi erguido em 1866. Em 1873, seu interior foi bastante danificado por um incêndio, e acabou sendo restaurado em 1877. O teatro foi atingido diretamente por um bombardeio aéreo em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. Antes da sua destruição, era um dos edifícios mais bonitos e emblemáticos de Valletta e, depois do bombardeio só restou o terraço e partes das colunas. Sua reconstrução aconteceu junto com o novo prédio do Parlamento, na forma de um teatro ao ar livre, conservando as partes sobreviventes, como uma homenagem.
- 5. Palazzo Ferreria: O antigo palacete com arquitetura tradicional abriga, hoje em dia, um pequeno centro comercial no andar térreo e escritórios governamentais nos outros andares.
- 6. Museu Nacional de arqueologia: Localizado em um histórico edifício barroco que serviu de albergue para os Cavaleiros da Ordem de São João no século XVI, abriga a história de Malta na forma de artefatos, objetos, restos arquitetônicos encontrados em escavações em Malta e Gozo. Os objetos mais antigos datam do ano 5000 a.C. Ingressos a 5€ (adultos) e 2,50€ (crianças).
- 7. Co-Catedral de São João: A catedral (católica) de Malta é uma joia barroca em pleno coração da cidade. É formada por uma nave central e oito capelas laterais, que representam as diferentes línguas faladas na Ordem. No piso da nave central, estão enterrados 400 cavaleiros da Ordem, entre os quais se destaca o fundador da capital maltesa Jean Parisot de la Vallette. Abriga ainda duas pinturas de Caravaggio: a decapitação de São João Batista e São Jerônimo Penitente. Entrada a 10€ (adultos) pela rua lateral.
- 8. Caffe Cordina: O mais icônico café de Valleta, situado em um belo palacete histórico com um interior requintado, desde 1837 oferece, além da cafeteria, um restaurante, salão de chá, pasticeria e gelateria. O Caffe Cordina produz seus próprios doces e pastéis tradicionais e possui também uma linha de produtos gourmet. A família Cordina veio de San Giminiano, na Itália e abriu o primeiro Café Cordina em Cospicua. Em 1944 mudaram-se para Valleta, em um prédio adjacente ao Casino de Malta.
- 9. Saint George’s Square: É a maior praça de Valetta. Ali ficam o Palácio do Grão-Mestre e o Palácio Presidencial. No meio, uma grande fonte e vários bancos.
- 10. Forte de são Elmo: Ao final da Avenida da Republica fica o antigo Forte de São Elmo, que hoje em dia abriga o Museu Nacional da Guerra.
- 11. Lower Barrakka Gardens: O jardim foi criado, pelas tropas francesas durante o cerco de Malta em 1798-1800. Como homenagem a Alexander Ball, um almirante britânico que foi o primeiro Comissário Civil de Malta, foi erguido, em 1810, um memorial, sob a forma de um templo neoclássico nos Jardins. Ao lado dos jardins podemos ver um memorial, chamado Siege Bell Memorial, com um sino de bronze gigante que toca todos os dias ao meio-dia em homenagem aos 7000 militares e civis mortos durante a Segunda Guerra Mundial e uma estátua que simboliza o Soldado Desconhecido.
- 12. The Bridge Bar: Saindo do Lower Barrakka Gardens em direção ao Upper Barraka Gardens, para para conhecer o bar mais instagramável de Valleta, o The Bridge Bar, com suas janelas (atualmente) vermelhas.
- 13. Tony’s Sicilia Bar: Um pouco adiante você pode curtir uma parada para descansar, comer e beber algo, na bela esplanada do Tony’s Sicilia Bar.
- 14. Upper Barrakka Gardens: No topo do Great Harbour, um belo jardim cercado por colunas, criado em 1661. Originalmente serviam de jardins privados e campos de exercícios dos Cavaleiros da Ordem de Malta da Langue da Itália, cujos auberges ficam ali perto. Só em 1824 é que os jardins foram abertos ao público e, embora o local tenha sofrido grandes danos durante a Segunda Guerra Mundial, foi restaurado e promete uma das melhores vistas de Malta. Para além da vista e do local de descanso, logo abaixo do terraço principal do jardim fica a Bateria de Saudação, onde canhões disparavam saudações aos navios de guerra visitantes. Hoje em dia, um canhão dispara alegoricamente todos os dias, às 12h00 e às 16h00, causando um certo alvoroço aos visitantes que podem pagar para ver a cerimônia bem de perto, se preferirem.
- 15. Piazza Jean de Vallete: Praça em homenagem ao fundador de Valletta e Grão-Mestre francês da Ordem de Malta, Jean Parisot de la Vallette.
Com o roteiro acima você coheceu 2/3 de Valleta, faltando somente o lado oposto aos jardins Lower e Upper Barrakka. Hora, como chegamos de Ferry Boat, faz sentido deixar a área onde pegar o Ferry de volta por último, certo? Então vamos a isso!
- 1. A essa altura se quiser descansar um pouco pode tomar um sorvete na Gelateria Tiffany’s, ao lado do McDonald’s da Avenida da Republica.
- 2. Seguindo pela South Street (Triq In Nofsinhar) no sentido Ferry, vai encontrar um sem número de bares e restaurantes bem bonitinhos, tal como o Pub Queen Victoria.
- 3. Igreja Carmelita ou Basílica de Nossa Senhora do Monte Carmelo (Bażilika Santwarju tal-Madonna tal-Karmnu) é uma referência em Valleta, muito por conta de sua cúpula enorme que podemos avistar à distância. Por dentro ela é simples, tendo sido reconstruída depois de ter sido bastante danificada durante a 2º Guerra.
- 4. Pró-Catedral de São Paulo, a catedral anglicana de Malta fica na Praça da Independência e foi encomendada pela rainha viúva Adelaide durante uma visita a Malta no século XIX, quando soube que não havia local de culto anglicano na ilha. Construída no local do Germany Hostel (casa conventual dos Cavaleiros Hospitalários Alemães), a catedral foi projetada por William Scamp e construída entre 1839 e 1844. É chamada de “pró-catedral” por ser uma igreja com status de catedral, embora não seja a catedral principal.
- 5. Auberge d’Aragon foi construído em 1571 para abrigar cavaleiros da Ordem de São João da língua de Aragão, Navarra e Catalunha. Hoje em dia é um escritório governamental que abriga o Ministério dos Assuntos Europeus e da Igualdade.
- 6. Teatro Manoel: conhecido carinhosamente como “O Manoel”, herdou o nome do Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, o português Antônio Manoel de Vilhena, que ordenou a construção em 1731. O teatro é o terceiro teatro em operação mais antigo da Europa
A essa altura já está perto das 19h, horário do último Ferry de volta à Sliema. Você pode optar por voltar, como nós fizemos e jantar em algum dos restaurantes charmosos de Sliema ou jantar em Valleta e voltar de outro jeito.
Onde dormir em Valleta
Su29 Boutique Hotel: Nota 8,9 no Booking, excelente localização e café da manhã incluído.
1926 Le Parisot: Nota 9,1 no Booking, Café da manhã incluído e excelente localização.
66 Saint Paul’s Spa: Nota 9,2 no Booking, clássico e charmoso.
Onde comer em Valleta
Melhores restaurantes em Valleta.
Restaurantes Michelin em Valleta.
Nos próximos posts eu vou dar mais detalhes dos dias seguintes! Até lá, já decidiu quando vai visitar Malta? 🙂
Beijocas e até o próximo post!
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